Mário Monti anunciou que a próxima cimeira da União Europeia poderá aprovar um “pacote de estímulos” ao crescimento. O valor saltou para 1% do PIB da União.
A cimeira da União Europeia (UE) nos dias 28 e 29 de junho poderá aprovar um “pacote de estímulos” ao crescimento – o famoso “pacto de crescimento” (growth compact) – no valor de 1% do PIB da UE, cerca de 130 mil milhões de euros.
A proposta parece ter saído do consenso da reunião em Roma do quadrunvirato formado por Ângela Merkel, François Hollande, Mariano Rajoy e Mário Monti, como anfitrião. Monti anunciou o “pacote” de 130 mil milhões (30% mais do que o “programa sectorial” em vista para resgatar a banca espanhol) no final de uma minicimeira de quatro horas.
Taxa sobre transações financeiras vai à cimeira
A taxa sobre as transações financeiras deverá, também, ser discutida na próxima reunião da UE, contando com o apoio de dez países que poderão colocá-la em prática no quadro de uma “cooperação reforçada”. O consenso dos dez países aponta para um imposto de 0,1% sobre a compra e venda de ações e títulos e 0,01% nas transações de derivados. O que poderá render 55 mil milhões de euros por ano.
Os proponentes são a Alemanha (que secundou esta proposta depois do acordo que realizou ontem com o SPD, no âmbito da passagem no Parlamento alemão do “pacto orçamental”), Austria, Bélgica, Eslováquia, Eslovénia, Espanha (que defende a aplicação “gradual” da taxa), França, Grécia, Itália e Portugal.
O método da cooperação reforçada entre aderentes a uma iniciativa permite contornar a oposição â taxa sobre transações por parte do Reino Unido (uma das principais praças financeiras do mundo), Suécia e Polónia.