Aumentou para 232 o número de mortos numa explosão e incêndio numa mina de carvão na província de Manisa, no oeste da Turquia. Centenas de trabalhadores continuam soterrados.
As informações das equipas de resgate indicam que “na altura da explosão encontravam-se 580 trabalhadores no interior da mina”, adiantou o presidente da câmara de Manisa. Foram resgatados 75 feridos e retirados 201 corpos e “temo que esse número suba”, admitiu Cengiz Ergun à “CNN Türk”.
O deputado do Partido da Justiça e do Desenvolvimento, Muzaffer Yurttas, referia à televisão NTV, que as vítimas morreram por asfixia e queimaduras.
“Estão a bombear oxigénio para o interior da mina, mas o incêndio continua”, afirmava à Reuters Tmaer Kucukgencay, dirigente do sindicato regional de mineiros. “Dizem que foi uma falha elétrica, mas é possível que o carvão também esteja a arder”.
Mehmet Bahattin Atci, governador da cidade de Soma, província de Manisa – cerca de 250 quilómetros a sul de Istambul -, referia à AP terem sido resgatados 20 mineiros. Um deles acabou por falecer no hospital.
A explosão terá tido origem num quadro de distribuição de energia e naquele momento estariam entre 200 a 300 trabalhadores presos no interior da mina, segundo o responsável, sublinhando que o número não é exato uma vez que a explosão ocorreu durante uma mudança de turnos. “Os esforços de resgate prosseguem”, acrescentou Atci.
Já o ministro turco da Energia, Taner Yildiz, a caminho do local, tinha confirmado que o incêndio teve origem numa falha elétrica e que há mortos, mas escusava-se a avançar com números. O acidente ocorreu a cerca de dois quilómetros de profundidade.
Teme-se que este possa vir a ser o pior acidente mineiro do país. O mais trágico ocorreu em 1992 em Zonguldak, junto ao Mar Negro, com 270 mortos.
RE
