Fecho dos serviços da Segurança Social gera contestação

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A população e os autarcas foram apanhados de surpresa com mais encerramentos de serviços em quatro localidades algarvias. Desta vez, foram as tesourarias dos postos locais da Segurança Social que fecharam as portas. Uma medida que os algarvios repudiam por ser lesiva dos interesses regionais

O encerramento das tesourarias dos postos locais de atendimento da Segurança Social apanhou de surpresa no início deste mês as populações de S. Bartolomeu de Messines, Quarteira, Vila do Bispo e Castro Marim, com os respetivos autarcas a manifestarem “indignação” pela falta de diálogo no processo.

A junta de freguesia de S. Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves, não compreende e não aceita que a tesouraria da delegação da Segurança Social desta localidade tenha encerrado “sem qualquer aviso prévio ou apresentação de uma justificação”.

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A tesouraria, que serve milhares de pessoas de uma área geográfica que se estende a toda a freguesia de S. Bartolomeu de Messines e a várias freguesias circundantes, encerrou no dia 1 de novembro. Assim que tomou conhecimento desta situação, o presidente da junta, João Carlos Correia, solicitou uma reunião urgente ao Centro Distrital de Faro da Segurança Social, para se inteirar dos motivos que levaram a este encerramento e para tentar inverter esta medida, considerando que “o fecho da tesouraria irá prejudicar seriamente a população que recorre a este serviço”.

Uma opinião diferente têm os serviços da Segurança Social que, em resposta, garantem que “a decisão de encerramento do serviço de tesouraria do serviço local de atendimento de S. Bartolomeu de Messines já tinha sido tomada no primeiro trimestre deste ano, contudo só se veio a concretizar no passado dia 1 de novembro, por só agora estarem garantidas outras formas alternativas de pagamento à Segurança Social, nomeadamente através da rede de multibancos, serviços homebanking, payshops e ctt”.

A Segurança Social diz ainda que “o encerramento do serviço de tesouraria” irá permitir “canalizar mais recursos para o atendimento geral”.

A junta de freguesia de S. Bartolomeu de Messines aguarda agora a realização da reunião solicitada, manifestando desde já a sua vontade de se opor a esta medida, por entender que “se enquadra num movimento mais vasto de encerramento de serviços públicos, sem tomar em conta as necessidades específicas das populações”.

Municípios contestam encerramento de mais serviços

Além do serviço em Messines, a Segurança Social encerrou também as tesourarias de Quarteira, Vila do Bispo e Castro Marim. A Câmara de Loulé também já reagiu a este encerramento dos serviços da Segurança Social, tendo manifestado o seu desagrado e solicitado ao mesmo tempo uma reunião com caráter de urgência à diretora regional Ofélia Ramos.

A autarquia salienta que “não foi informada oficialmente sobre esta decisão”. O novo presidente da câmara, Vítor Aleixo, acredita que este encerramento constituirá “um prejuízo manifesto para os seus utentes, pela redução dos serviços que vinham sendo disponibilizados aos munícipes do concelho, na cidade de Quarteira”.

De acordo com o autarca de Loulé, este é “mais um retrocesso nos serviços prestados pela administração pública na região algarvia que leva, cada vez mais, a um afastamento dos cidadãos das funções essenciais do Estado”.

Face a estes quatro encerramentos, os utentes que não tenham acesso à internet, terão que deslocar-se agora a Aljezur ou Lagos (no caso de Vila do Bispo), Vila Real de Santo António (Castro Marim), Loulé ou Faro (Quarteira) e Silves (Messines).

NC/JA

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