Uma operação “antiterror” lançada na quinta-feira pelas forças ucranianas contra rebeldes pró-Rússia na cidade de Slaviansk, no leste do país, resultou na morte de um piloto e no ferimento de um segundo piloto, bem como de várias outras pessoas, e no derrube dos dois helicópteros do exército ucraniano que pilotavam.
Há informações contraditórias sobre a tomada de nove postos de controlo dos separatistas na zona de Slaviansk pelas forças ucranianas, com os separatistas a sustentarem ter três destes postos ainda sob o seu controlo.
A operação foi oficialmente anunciada pelo ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, e, no mesmo dia, a reação de Moscovo não se fez esperar. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, advertiu prontamente que quaisquer ataques por parte das tropas ucranianas teriam “consequências catastróficas”, dando origem a receios de uma invasão por parte de Moscovo.
Avakov revelou que forças militares e elementos da Guarda Nacional estiveram envolvidos na operação de Slaviansk-Kramatorsk, que foram violentamente combatidas por “mercenários profissionais”, que levaram a cabo uma “batalha real” contra as unidades especiais ucranianas.
O canal oficial russo Rossiya 24, que substituiu na região a TV ucraniana, anunciou que a cidade de Slaviansk estava a ser “assaltada”, ainda que não houvesse notícia de entrada de tropas ucranianas na zona urbana.
O Presidente da Ucrânia em exercício, Olexandr Turchynov, já tinha assumido publicamente que as forças ucranianas eram incapazes de controlar a zona leste do país. De momento, disse, o objetivo é conseguir evitar que a turbulência do leste se espalhe pela zona ocidental do país.
Mesmo assim, insistiu que a Ucrânia está em “prontidão geral para o combate” dado o receio de que os 40 mil efetivos militares russos estacionados junto à fronteira com a Ucrânia avancem para dentro das fronteiras do país.
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