Fórum vai debater dois anos de portagens na Via do Infante

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Iniciativa organizada pela Comissão de Utentes da Via do Infante está agendada para Loulé e contará com a presença de representantes de diversas entidades portuguesas e espanholas, entre os quais responsáveis regionais e autarcas

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A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) organiza o fórum de discussão “Algarve/Andaluzia: 2 Anos de Portagens – Uma PPP ruinosa para o Algarve”, no próximo dia 22 de março, a partir das 15h00, na sala de conferências do Núcleo Empresarial do Algarve (NERA), em Loulé.

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A iniciativa pretende debater as portagens e as suas consequências na região e conta com o apoio e colaboração da Câmara Municipal de Loulé e do Moto Clube de Faro.

A mesa do fórum será constituída por Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, João Vasconcelos, membro da CUVI e vereador na Câmara Municipal de Portimão, Jorge Botelho, presidente da AMAL, Desidério Silva, presidente do Turismo do Algarve, António Ponce, presidente da Federação Onubense de Empresários (de Huelva, Espanha), e Paulo de Morais, vice-presidente da Associação Transparência e Integridade.

A organização espera ainda a presença de representantes de outras entidades do Algarve e da Andaluzia, entre os quais presidentes de câmaras municipais, deputados eleitos pela região, bem como os presidentes dos municípios espanhóis de Ayamonte e de Huelva.

“Cerca de dois anos depois da introdução de portagens na Via do Infante pelo atual governo e com o agravamento da crise, o Algarve encontra-se à beira do desastre social e económico”, diz a CUVI em comunicado enviado às redações. E dão como exemplo “dezenas de milhares de desempregados, centenas de falências de empresas, a fome e a miséria alastra como bola de neve, os acidentes de viação na EN 125 sucedem-se diariamente, vários com feridos e vítimas mortais ao longo destes dois anos”.

Os utentes da Via do Infante recordam que as obras de requalificação da EN 125 continuam totalmente paradas e consideram que estas são agora “objeto de chantagem” por parte do Governo.

O secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, na sua recente deslocação ao Algarve, afirmou que se as obras de requalificação avançarem por força de um “resgate” das mesmas por parte do Estado, já não haverá verbas para investir na electrificação da linha férrea do Algarve.

“Uma posição inqualificável de chantagem e de demagogia”, consideram os utentes da Via do Infante.

Os membros da CUVI dizem ainda que a prometida redução do preço das portagens “não passa de mais uma manobra eleitoralista, tanto mais que afirma que ‘o preço vai ser cobrado desde o primeiro até ao último quilómetro sempre que haja alternativa’”.

“E o governo considera que a EN 125 apresenta-se como alternativa à A22! Ou seja, pior a emenda que o soneto, pois os utentes irão pagar muito mais pelas portagens!”, lamentam os utentes da Via do Infante.

Por outro lado, a CUVI exige que o contrato de concessão da parceria público-privada (PPP) da Via do Infante seja tornado público.

“Mesmo com a cobrança de portagens, o erário púbico está a ter um prejuízo de muitas dezenas de milhões de euros transferidos diretamente para os bolsos da concessionária. Trata-se de uma PPP ruinosa e que deve ser anulada quanto antes pelo governo invocando interesse público”, explicam os utentes.

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