França reforça presença em Angola com visita de José Eduardo dos Santos

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É, sem dúvida, uma visita histórica a que José Eduardo dos Santos fará na próxima terça-feira a França. Depois de longos anos de contendas entre os dois países, devido designadamente ao caso “Angolagate” (venda de armamento russo a Angola e processos judiciais em Paris, desde 2001, sobre “infracções à legislação sobre as armas” e alegadas comissões ocultas a personalidades dos dois países), Paris e Luanda vão normalizar, ao mais alto nível, as relações entre os dois países.

A visita oficial (menos de 48 horas) do presidente angolano à capital francesa acontece depois do chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, se ter deslocado há alguns meses a Luanda, e a seguir à conclusão, favorável a Angola, em 2011, do processo judicial, em Paris, sobre o “Angolagate”.

Em termos políticos, diplomáticos e de segurança regional, em África, a França conta com Angola como aliado estratégico para controlar situações complicadas de crise na República Centro Africana e na República Democrática do Congo.

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“Conclusão dos diferendos do passado”

“O encontro e o almoço, na terça-feira, entre os dois presidentes firmará a conclusão, ao mais alto nível, dos diferendos do passado, com o reforço das ligações políticas e económicas entre os dois países, que interessa às duas partes”, diz uma fonte fidedigna ao Expresso.

José Eduardo dos Santos que, a partir de quarta-feira, seguirá de Paris para uma visita oficial ao Vaticano, será acompanhado durante a estada na capital francesa, por seis ministros (Negócios Estrangeiros, Petróleos, Finanças, Comércio, Ensino Superior e Agricultura) e por diversos empresários angolanos.

De acordo com as fontes do Expresso, Paris vê abertura de Luanda para reforçar posições, em Angola, no domínio da exploração do petróleo e ainda nos sectores da energia, das águas, dos transportes e das finanças (banca).

Apesar dos fortes litígios políticos, jurídicos e diplomáticos que se verificaram entre ambos os países, nos últimos anos, a França manteve sempre, através da empresa Total, a maior fatia na exploração de petróleo angolano. A Total produzia, até agora, mais de 600 mil barris de petróleo por dia e poderá passar a mais de 800 mil, em 2016, com a explorção de um novo projeto, em Kaombo.

Além dos encontros previstos na cidade luz com as autoridades políticas francesas, José Eduardo dos Santos receberá igualmente diversos homens de negócios franceses.

A nova “lua de mel” franco-angolana deverá contribuir para consolidar a posição da França como segundo país europeu no domínio das relações económicas e comerciais com Angola. Atualmente, em termos internacionais, a França é o sexto parceiro comercial da França, a seguir à China, aos Estados Unidos, a Portugal, ao Brasil e à África do Sul.

RE

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