Passos Coelho justificou ontem o corte dos subsídios de Natal e de férias da função pública com o facto de os salários do Estado serem 10% a 15% mais altos do que no privado.
No entanto, o Diário de Notícias adianta este domingo que a realidade é que o salário médio bruto de um funcionário público, que era de 1500 euros em 2005, ronda atualmente 1250 euros. E o primeiro-ministro garantiu já que é preciso cortar mais para que fiquem em linha com a média nacional: a ideia é reduzir o ordenado público médio até próximo dos mil euros mensais até 2013, quando acaba o programa de assistência da troika, escreve o DN.
Ou seja, menos 500 euros ou 30% do que em 2005, o ano em que o diferencial de salários do Estado face à média nacional atingiu um pico de 75%. Num encontro com as autarquias, Passos avisou ainda que deverão ser os salários dos cargos não dirigentes a pagar boa parte do ajustamento necessário.