“Governo ameaça a pesca da sardinha”

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As organizações de produtores ArtesanalPesca, Barlapescas, Olhãopesca e Sesibal estão contra a resolução do Governo, que se encontra atualmente em vigor, e que dita “quotas demasiado restringidas” para a pesca da sardinha, uma imposição que vai tornar a pesca desta espécie “insustentável”, referem as organizações.

“A curto prazo são previsíveis, como reflexo daquela medida, a possibilidade de dispensa de trabalhadores, o prejuízo na ordem das centenas de milhar de euros, e a perda da competitividade de um setor que apresentou resultados positivos nos anos anteriores”, lamentam em comunicado os produtores.

No entender de Carlos Macedo, diretor da Artesanal Pesca, que fala em nome das organizações referidas, “queremos tornar pública esta discussão e posição do Governo que acreditamos não servirem o setor (desde os barcos até à industria) e serem um entrave à atividade económica”.

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“Qualquer pessoa que conheça a forma como está a ser conduzido este processo percebe que as quotas decretadas não permitem a continuidade da atividade, não dignificam o setor e não defendem os interesses nacionais”, refere.

A “falta de consenso entre pescadores do cerco”, a “iniquidade de tratamento entre os diferentes intervenientes no processo”, a “informação incorreta” produzida pelas campanhas científicas de avaliação do recurso e a “redução de mercado”, são alguns dos argumentos apresentados por estas organizações de produtores.

Entretanto, depois de quase seis meses sem sardinha no mercado nacional, esta está a ser comercializada ao mais baixo preço dos últimos três anos (entre 0,40 e 0,80€/kg). “Este efeito irá fazer-se sentir nos meses de verão, onde os preços de comercialização altos que compensaram em parte a escassez poderão não se verificar”, advertem os produtores.

JA

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