O Sistema de Segurança Interna deu um parecer técnico desfavorável à realização, a 19 de outubro, por parte da CGTP, de uma marcha de protesto cujo itinerário inclui a ponte 25 de Abril, invocando diversos riscos de segurança.
Em comunicado, o Sistema de Segurança Interna (SSI) adianta que, após reunião extraordinária do Conselho de Segurança da Ponte 25 de Abril, a 4 de outubro, foi emitido um parecer técnico desfavorável à realização da marcha organizada pela CGT.
A sustentar o parecer técnico desfavorável são invocados “diversos riscos de segurança”, em especial o “número desconhecido de participantes”, a “inexistência de meios preparados para garantir a segurança dos equipamentos e dos acessos à plataforma ferroviária da ponte” e ainda o que “toca à gestão dos acessos”.
Esta posição surge depois de a CGTP ter enviado às câmaras de Lisboa e de Almada uma comunicação sobre uma marcha contra a exploração e o empobrecimento, a 19 de outubro, cujo percurso incluiria a ponte 25 de Abril.
Os municípios enviaram, então, à PSP – Comando Metropolitano de Lisboa e Comando Distrital de Setúbal (Divisão de Almada), respetivamente – os processos, ao abrigo da legislação que regula o livre exercício de reunião e manifestação.
Com base nestes processos e considerando que a Ponte de 25 de Abril é uma “infraestrutura cuja circulação de pessoas só pode realizar-se em situações muito excecionais”, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna solicitou um parecer ao Gabinete Coordenador de Segurança para serem aferidas as condições de segurança exigíveis para a realização do itinerário pretendido, do qual resultou o parecer técnico desfavorável.
O parecer já foi transmitido aos gabinetes dos presidentes das câmaras municipais de Lisboa e Almada e à PSP.