Governo da Ucrânia diz que Rússia declarou “guerra”

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“É o alerta vermelho. É a declaração de guerra contra o meu país. Pedimos ao Presidente Putin para que retire as suas tropas e siga as obrigações internacionais”. A mensagem veio ontem do primeiro-ministro interino da Ucrânia e pró-europeu Arseni Iatseniouk.

A comunidade internacional está de olhos postos no clima de alta tensão entre a Ucrânia e a Rússia, depois de a câmara baixa e o Senado russo terem aprovado o uso de tropas na Crimeia, território autónomo ucraniano de maioria russa.

Vladimir Putin obteve a autorização oficial e justificada pelo Conselho da Federação Russa até “a situação política estabilizar”. Fontes militares ucranianas relataram ontem de manhã que tropas russas tomavam posições em locais chave na Crimeia.

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As tensões separatistas na Crimeira agudizam-se desde o afastamento do presidente pró-russo Viktor Ianukovitch, que se encontra desaparecido, sucedendo-se as manifestações populares pró-russas nas ruas.

O hemiciclo da região tinha agendado para 25 de maio o referendo pelo alargamento da autonomia, precisamente no dia em que estão previstas as eleições presidenciais antecipadas. Mas a data foi antecipada para 30 de março em anúncio do pró-russo Serguei Axionov, o novo primeiro-ministro da Crimeia, nomeado na quinta-feira pelo Parlamento regional em sessão à porta fechada e que Kiev não reconhece. O Presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, diz que foram violadas as leis ucranianas e, por isso, não há legitimidade.

Axionv pediu à Rússia ajuda para “manter a paz e a tranquilidade”. E a resposta não tardou com a “luz verde” dada a Putin para poder agir. A Ucrânia pôs-se a postos. Chamou todos os militares na reserva e colocou as suas forças armadas em alerta máximo.

Cerco diplomático

Os EUA exigiram no Conselho de Segurança das Nações Unidas – reunido de emergência no sábado -, o fim imediato da intervenção da Rússia na Ucrânia. O chefe de estado norte-americano Barack Obama deixou clara a sua posição num telefonema a Putin – que a presença do contingente russo é uma machadada no direito internacional.

O envio de observadores internacionais das Nações Unidas é uma hipótese, depois da questão ter sido levantada em apelo do embaixador ucraniano Yuriy Sergeyev face ao “ato de agressão” e “violação da soberania” da Ucrânia. Do lado da Rússia, o alvo foi a União Europeia, que acusa de estar por detrás da desestabilização, ao encorajar as manifestações.

Enquanto aumenta a pressão diplomática para demover a Rússia, a NATO vai estar reunida esta tarde com as ameaças à paz na Europa em cima da mesa e amanhã será a vez de os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros alinharem respostas, num encontro em Bruxelas.

Para o secretário de estado norte-americano John Kerry assiste-se a um “incrível ato de agressão” e, por isso, deixou um aviso a Moscovo: a cimeira do G8 prevista para junho, em Sochi, pode não ir adiante e a Rússia arrisca-se mesmo a sair do grupo.

RE

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