O grupo parlamentar da UMP, direita, anunciou que vai apresentar uma moção de censura. O Governo não garantiu uma maioria para aprovar a lei devido à oposição de cerca 30 deputados socialistas que anunciaram ir votar contra a lei.
Os parlamentares socialistas contestatários, bem como os comunistas e diversos ecologistas consideram a lei, conhecida por “lei Macron”, do nome do ministro da Economia, como demasiado liberal.
A legislação, que deverá ser aprovada sem votação mas apenas depois de debatida e votada a anunciada moção de censura, prevê designadamente a autorização de trabalho no comércio durante 12 domingos por ano e maior flexibilidade para os “planos sociais” (reestruturações) nas empresas. Prevê igualmente a privatização de alguns aeroportos franceses.
O recurso ao artigo 49-3 da Cosntituição é uma clara derrota política para Manuel Valls, que se viu sem maioria na Assembleia devido à revolta de três dezenas de deputados do PS.
A moção de censura que a direita vai apresentar não deverá no entanto ser aprovada porque implicaria a queda do Governo e a abertura de uma crise política em França quando a extrema-direita, de Marine le Pen, é dada em primeiro lugar nas intenções de voto dos franceses, segundo as sondagens.
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