O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou esta noite que é preciso mais tempo e que as instituições tornaram claro que estão prontas para trabalhar com a Grécia, mas é necessário primeiro chegar a uma conclusão política e essa ainda não foi conseguida hoje.
Os ministros das finanças da zona euro chegaram a trabalhar numa declaração conjunta. Um primeiro acordo político com vista a uma solução para a Grécia. O ministro alemão, Wolfgang Schauble chegou mesmo a sair do encontro mais cedo, a acreditar que haveria acordo, mas no final a Grécia não aceitou as condições propostas pelos parceiros do Eurogrupo.
A zona euro estaria disposta mexer no atual programa e a aceitar que algumas das medidas fossem substituídas por reformas, mostrando alguma margem de cedência às intensões do governo grego. A declaração até tinha a palavra “ponte” para o período transitório, em que a Grécia tanto tem insistido. Mas em cima da mesa estava também uma extensão do programa de assistência, e esse acabou por ser um dos grandes pontos de discórdia que levou o governo de Atenas a recuar.
Varoufakis desdramatizou a falta de acordo na reunião de hoje, argumentando que não estava previsto que a reunião fosse para chegar a um acordo. “Foi-me dada uma oportunidade maravilhosa para apresentar as nossas análises e propostas”. Sem uma base entendimento comum, o ministro grego das finanças diz que o “natural” é avançar para as negociações na próxima segunda-feira.
A Grécia encontra-se numa situação de contra-relógio. O atual resgate termina a 28 de fevereiro e o país precisa de encontrar soluções para fazer face aos compromissos financeiros, uma vez que ainda não consegue financiar-se sozinha nos mercados.
As reuniões bilaterais, e as conversas entre o Eurogrupo e as autoridades gregas vão continuar nos próximos dias. A pressão está agora na reunião de segunda-feira. Os ministros do euro têm cada vez menos tempo para chegar a um acordo político e a uma solução concreta para a Grécia.
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