Um governo temporário, formado por 16 ministros, na maioria funcionários públicos de alto escalão e professores universitários, assumiu ontem (17) o poder na Grécia. A principal tarefa do grupo é preparar as eleições legislativas de 17 de junho. Sondagens indicam que a esquerda radical deve vencer as novas eleições.
O governo temporário foi nomeado depois de o presidente grego, Carolos Papoulias, tentar, sem sucesso negociar com os líderes partidários um acordo para fechar um governo de coligação. Foram várias tentativas fracassadas.
O magistrado Panaiotis Pikramenos, de 67 anos, é o novo primeiro-ministro do governo temporário. Desde 2010, que Pikramenos preside o Conselho de Estado, o Supremo Tribunal da Grécia.
O governo provisório tenta ganhar tempo para evitar mais conflitos em torno das discussões sobre as medidas de austeridade acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia.
A incerteza continua a alimentar a tensão nos mercados. Na Grécia, a população corre aos bancos e os saques nas contas bancárias já totalizam, em média, 800 milhões de euros por dia desde o começo desta semana.
Nos mercados, os rumores de uma saída da Grécia da zona do euro estão cada vez mais fortes mas, oficialmente, a Comissão Europeia rejeita a ideia, considerada muito complexa e cara.
