Habitação e escritórios em baixa mas retalho e hotéis recuperam até março

Em termos da habitação, verificou-se uma redução das vendas ao longo de 2022

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O relatório trimestral da JLL indica que o mercado imobiliário apresentou duas tendências nos primeiros três meses do ano, com o investimento, habitação e escritórios em baixa, enquanto a logística, retalho e hotéis a sustentarem os níveis pré-pandemia.

A ocupação dos escritórios em Lisboa somou cerca de 20.000 metros quadrados (m2) até março, menos de metade do valor apurado no primeiro trimestre dos últimos cinco anos.

No caso do Porto, a ocupação ficou em 8.000 m2, 41% inferior à média dos últimos cinco anos.

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Em termos da habitação, verificou-se uma redução das vendas ao longo de 2022, embora o atual anual seja superior a 2021.

Só no quarto trimestre (38.500), as vendas ficaram 12% abaixo do primeiro trimestre (43.500).

No primeiro trimestre de 2023, espera-se um recuo de 5%, face aos três meses anteriores.

Entre janeiro e março, o investimento em imobiliário comercial ficou em 240 milhões de euros, menos de metade da média do registo do primeiro trimestre dos últimos cinco anos.

Isto “reflete a postura de maior cautela dos investidores num ambiente macroeconómico marcado pela incerteza quanto à evolução das taxas de juro e da inflação no arranque do ano. Não é uma questão de atratividade do mercado português, nem da sua capacidade de gerar retorno”, apontou, em comunicado, a ‘head of strategic consultancy & research’ da JLL, Joana Fonseca.

Destaca-se, no sentido inverso, o imobiliário logístico, com 214.000 m2 ocupados no primeiro trimestre, “mais do que duplicando os resultados de iguais períodos dos últimos cinco anos”.

Conforme apontou a JLL, empresa de gestão de investimentos e imobiliário comercial, o retalho “surpreendeu pela positiva”, impulsionado pela “sustentação do consumo em contexto de perda de poder de compra”.

Com “bom desempenho das vendas e procura de novos espaços” aparecem os centros comerciais, ‘retail parks’ e o formato de rua em Lisboa e no Porto.

Já a ocupação na hotelaria, em Lisboa e no Porto, atingiu níveis próximos dos apurados no primeiro trimestre de 2019.

“Este continua a ser um setor de aposta, com a abertura de três novos hotéis de cinco estrelas (um em Faro e dois no Porto) e dois de quatro estrelas (em Lisboa) neste período”, concluiu o relatório ‘market pulse’.

A JLL referiu ainda que, em termos de preços, o primeiro trimestre ficou marcado por uma subida das ‘yields’, aumento das rendas em logística e pela estabilidade nos escritórios e retalho, enquanto na habitação existe uma “tendência de arrefecimento dos preços” em Lisboa e no Porto.

Nos escritórios, a renda ‘prime’ ficou estável em 27 euros por m2 em Lisboa e 18 euros/m2 no Porto.

O retalho, por seu turno, “estabiliza o valor ‘prime’ do comércio de rua” em 130 euros/m2 em Lisboa e 70 euros/m2 no Porto, enquanto nos centros comerciais ‘prime’ houve uma atualização de 4% para 120 euros/m2.

Na logística, observaram-se subidas em grande parte das localizações, com o eixo Palmela-Setúbal a liderar com mais 15%.

Em relação à habitação, a JLL destacou um “ajuste em ligeira baixa” nos valores médios de transação em Lisboa e no Porto.

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