Um helicóptero militar foi abatido esta quinta-feira na Ucrânia por militantes pró-russos na região de Sloviansk, avança a BBC. O ataque foi o mais recente incidente após o aumento da violência registado entre o exército e os rebeldes no leste no país, tendo o Presidente ucraniano eleito no domingo passado, Petro Poroshenko, prometido acabar de vez com os avanços dos “bandidos” e “assassinos” que apoiam a integração na Rússia.
Depois de dezenas de militantes pró-russos terem sido mortos quarta-feira numa operação lançada para retomar o controlo do aeroporto de Donetsk – os rebeldes falam em 100 baixas -, a cidade vive um clima tenso e os seus habitantes foram aconselhados a permanecer em casa.
Há mais sinais preocupantes. As forças pró-russas continuam a manter em seu poder quatro observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e esta instituição diz que perdeu o contacto com uma segunda equipa de elementos no terreno.
O governo de Vladimir Putin parece, no entanto, estar finalmente disposto a dialogar. “É necessário tomar medidas de urgência para parar o derramamento de sangue e iniciar um diálogo interno na Ucrânia”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, num telefonema para o seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, citado pela Euronews.
Lavrov revelou também que a Rússia recebeu um pedido de ajuda humanitária, algo que a Ucrânia se apressou a desmentir: “Não temos falta de nada”, disse Yevhen Perebyinis, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia. “As milícias pró-russas são quem nos impossibilita de fazer chegar às pessoas a ajuda de que elas necessitam.”
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