IL acusa Governo de falta de vontade política para executar ferrovia

O presidente da IL falou do metro ligeiro previsto para o Algarve

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O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, considerou recentemente que há “falta de vontade política” para fazer investimento na ferrovia e acusou o Governo de fazer “muitas promessas” com “concretização deficiente”.

“Não há uma vontade política de concretizar um plano ferroviário que sirva o país e que sirva também as regiões do interior”, afirmou, em Bragança.

Bragança não tem comboio há mais de 30 anos e o presidente da IL defendeu que “as capitais de distrito que hoje não são servidas por ligação ferroviária, nomeadamente Bragança, Vila Real e Viseu, passem a ter essa ligação”.

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“A ferrovia deve ser uma aposta do país e deve ser também uma aposta nestas regiões”, enfatizou, para a seguir criticar o Plano Ferroviário Nacional apresentado pelo Governo, que contempla estas ligações, mas sobre o qual o presidente da IL entende “há já sinais que possa estar a ser deixado cair”.

“Há soluções, por exemplo no Algarve, de metro ligeiro que apontam para uma incompatibilidade com aquilo que é a solução apresentada nos últimos tempos pelo Governo. Os sinais são todos que promessas há muitas, mas depois a concretização é sempre muito deficiente, muito aquém daquilo que são as promessas”, afirmou.

Antes de discutir soluções concretas para cada território, Rui Rocha defende ser necessário primeiro haver “a convicção política de que isso é fundamental e Portugal precisa de ferroviária, Portugal precisa de comboio”.

Considerou que o que se constata “é que sistematicamente os planos de investimento que o Governo apresenta em matéria de ferrovia não são cumpridos”.

“O plano ferrovia 2020 tem, neste momento, cerca de 15% da sua execução concretizada, era um plano que devia estar já concretizado, cerca de 30% desse plano já não vai ser executado e tudo o mais vai ser executado com muito atraso”, apontou.

O presidente da IL considerou que “uma boa imagem do próprio país” é o impasse de uma década com o Plano de Mobilidade do Tua, que prevê o regresso do comboio a cerca de 30 quilómetros da desativada linha do Tua, em Trás-os-Montes.

“Há um entendimento, há contrapartidas negociadas, mas depois passa uma década e não saem do papel porque a questão é administrativa e é burocrática, ninguém se entende sobre a responsabilidade que tem sobre a estrutura e isso faz com que as populações fiquem privadas de uma contrapartida porque ninguém se entende”, concretizou.

“É uma imagem real daquilo que são os problemas do país, burocracia, falta de responsabilidade, às vezes parece que as coisas são feitas de forma pouco rigorosa para que depois precisamente ninguém se entenda”, terminou.

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