Os moradores de Trípoli preparam-se este sábado para batalhas sangrentas depois de uma noite de disparos diante da ameaça do líder líbio, Muamar Kadhafi, de armar seus seguidores para derrotar a rebelião popular, que controla a região petroleira do leste.
Enquanto a oposição armada instaura uma nova administração nas cidades sob seu controlo, foram ouvidos tiroteios à noite em alguns bairros da capital, que continua sob a autoridade de Kadhafi.
No âmbito diplomático, acentua-se a pressão no décimo segundo dia de insurreição. O presidente americano, Barack Obama, assinou um decreto que congela os bens nos Estados Unidos do coronel Kadhafi e de quatro dos seus filhos.
Entretanto, o Conselho de Segurança da ONU vai retomar suas consultas este sábado. Um projeto de resolução menciona sanções, incluindo dois embargos, um de armas e outro de viagens do coronel Kadhafi, cujos bens também seriam congelados.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou na sexta-feira à noite, ao fim de uma reunião sobre este tema, que o Conselho de Segurança deveria tomar “medidas decisivas” o quanto antes.
O projeto de resolução do Conselho de Segurança adverte também Kadhafi de que os atos violentos registados podem constituir crimes contra a humanidade.
A União Europeia já decretou embargo de armas, congelou bens e proibiu a concessão de vistos a Kadhafi e seus funcionários.