A Câmara Municipal de Lagoa trocou o investimento em iluminação de Natal, entre 50 e 65 mil euros, por um apoio direto à comunidade local de 102 mil euros para estimular o comércio local, anunciou a autarquia.
“Na sequência do impacto económico e social que as medidas de combate ao contágio da covid-19 têm provocado na economia local, bem como no poder de compra das famílias lagoenses, entre os vários bloqueios e obstáculos que a pandemia tem provocado de uma forma geral e indiscriminada, o município irá adotar medidas e canalizar esforços para prestar auxílio a quem mais necessita”, refere em comunicado.
O montante de 102 mil euros será introduzido na economia local através dos 1300 desempregados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), residentes no concelho, que vão receber em casa um voucher para realizarem compras no comércio local.
Na sua totalidade, a autarquia vai distribuir cerca de 52 mil euros pelos desempregados e sortear 50 mil euros pela população, com prémios desde 20 a 1500 euros.
A cada 10 euros de compras nos estabelecimentos aderentes, será entregue ao cliente um cupão, que será posteriormente colocado em tômbolas e sorteados no final de cada mês.
Os vencedores vão receber vouchers, que deverão ser utilizados no comércio local.
“Com esta decisão estamos a ajudar quem se encontra desempregado e viu os seus rendimentos diminuírem, a ajudar a população em geral e, principalmente, o comércio local”, refere o presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação.
O autarca acrescenta ainda que “o incentivo ao comércio local será realizado em duas fases. Numa primeira em que incentivamos a população a comprar nos estabelecimentos aderentes do concelho, para ter direito aos cupões, e numa segunda fase onde sorteamos vouchers para que a população volte a adquirir produtos no comércio local”.
A autarquia reforçou este ano os cabazes de Natal, que vão ser distribuídos pelas famílias carenciadas do concelho, referenciadas pelo município, com bens alimentares.
Para o Luís Encarnação, estas são medidas importantes e que tinham de ser tomadas “face à conjuntura atual e às dificuldades que muitos lagoenses estão a passar, as luzes de Natal não poderiam ser uma prioridade para o executivo. Ter luzes de Natal muito bonitas e ter a população e os comerciantes a passar por dificuldades não faria qualquer sentido. Com esta decisão voltamos a dar um sinal claro que não deixaremos ninguém ficar para trás”.