Lagos vai criar Museu da Escravatura

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A autarquia lacobrigense e o Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento vão assinar, nos próximos dias, um protocolo de colaboração que tem como objetivo a criação do Museu da Escravatura de Lagos.

De acordo com a câmara municipal, o projeto Museu da Escravatura de Lagos, a ser desenvolvido pela autarquia e pelo Comité Português do Projeto UNESCO “A Rota do Escravo”, visa atingir vários objetivos, dos quais se destacam a requalificação arquitetónica do edifício do Mercado de Escravos, a organização do espaço museológico – núcleo do Mercado de Escravos (exposições dos achados arqueológicos e outros associados) e núcleo do ´Poço dos Negros´, no Parque de Estacionamento do Anel Verde, onde funcionará um Centro de Informação e Interpretação Histórica e Arqueológica do local onde os trabalhos arqueológicos levados a cabo em 2009 e que revelaram a existência de 155 esqueletos humanos de antigos escravos, e, finalmente, a publicação de diversos estudos, quer no que diz respeito ao “cemitério de escravos”, quer sobre a escravatura no sul de Portugal, um Roteiro da Rota do Escravo ou ainda a publicação de brochuras turístico-culturais sobre os “Lugares de Memória da Escravatura e do Comércio de Escravos em Lagos”.

Atualmente, está patente no Mercado de Escravos uma exposição onde se procura explorar, culturalmente, a ligação de “Lagos dos Descobrimentos” à história do tráfico negreiro. São igualmente divulgados os dados históricos, relatados nas fontes documentais e enriquecidos pelos testemunhos recuperados nas escavações arqueológicas efetuadas no parque de estacionamento do Anel Verde.

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“Esta exposição pretende mostrar a inserção da escravatura no novo contexto económico das viagens de descobrimento da costa ocidental africana a sul do Bojador; o escravo como mercadoria (incorporado nas tarefas quotidianas mas descartado sem dignidade); o fascínio pelo exótico no quotidiano dos lacobrigenses: evidenciado no gosto por consumir e possuir novos produtos e objetos que as viagens transoceânicas permitem”, frisaram os responsáveis.

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