LIVRE diz que corrida de motas na praia de Monte Gordo é “lesivo para o ambiente”

“Sendo um dos objetivos da autarquia fomentar e aumentar o grau de consciência ambiental da comunidade, não se compreende a aprovação deste evento tão lesivo para o ambiente”

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O partido LIVRE disse esta semana que a corrida de motas que vai decorrer este fim de semana na praia de Monte Gordo, no concelho de Vila Real de Santo António, é “lesivo para o ambiente”.

“Sendo um dos objetivos da autarquia fomentar e aumentar o grau de consciência ambiental da comunidade, não se compreende a aprovação deste evento tão lesivo para o ambiente”, refere em comunicado.

As primeiras reações do partido começaram a sentir-se quando o evento foi aprovado em reunião ordinária de Câmara, a 7 de setembro, uma vez que “como é do conhecimento geral, as dunas e a praia representam ecossistemas que desempenham um papel fundamental na preservação da natureza, além de fornecerem uma série de serviços ecológicos, desde manutenção da faixa costeira, prevenção de inundações e a criação de habitats para várias espécies”.

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Para o partido, a prova terá alguns impactos negativos como a destruição superficial do cordão dunar, poluição atmosférica por emissão de gases com efeito estufa e contaminação de solos por derrame de hidrocarbonetos.

O LIVRE salienta ainda que “esta área fora recentemente intervencionada com vista à renaturalização da zona costeira, para além de que a própria legislação nacional proíbe a circulação de veículos motorizados nas praias”.

“Sendo o setor do turismo crucial para a dinamização empresarial e económica do município, é importante que existam eventos que contrariem a sazonalidade e que tragam mais atividades em épocas baixas, no entanto estes devem assegurar um equilíbrio entre aspetos ambientais, económicos, sociais, culturais e recreativos” acrescenta.

O partido considera assim que o concelho de Vila Real de Santo António “proteja o seu património natural, isento em emissões de gases com efeito estufa e que se enquadre nos compromissos e metas dos vários instrumentos políticos nacionais e europeus”.

O LIVRE conclui que “o Plano de Valorização Ambiental apresentado não cumpre com o pretendido, ou seja, não garante a reversão nem reduz as situações de risco e de impactos ambientais previstos” e pretende “acompanhar a sua implementação e a comprovar a eficácia do mesmo”.

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