Luís Gomes “leva” políticas sociais de VRSA ao Conselho Mundial José Martí

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O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António (VRSA), Luís Gomes, participou, desde segunda-feira e até ontem, na décima reunião do Conselho Mundial do Projeto José Martí para a Solidariedade Internacional, evento cuja edição do ano passado, recorde-se, teve lugar pela primeira vez na Europa, em VRSA.

A jornada internacional, que este ano decorreu em Buenos Aires, Argentina, contemplou a realização de uma série de conferências e sessões de reflexão com personalidades de notável mérito como Frei Betto, intelectual e teólogo brasileiro; Ignacio Ramonet, jornalista e investigador francês; Alicia Kirchner, ministra do Desenvolvimento Social da Argentina e representante da UNESCO; e Héctor Hernández Pardo, coordenador executivo do Projeto José Martí para a Solidariedade Internacional. Esta conferência contou ainda com o historiador dominicano Tony Rafúl e o diplomata argentino Norberto Galeotti, entre outros.

Luís Gomes, membro do Conselho Mundial desde 2013, fez uma intervenção na conferência “O papel da política na transformação dos povos” e falou da experiência das políticas sociais levadas a cabo em VRSA, nomeadamente os programas de auxílio à terceira idade e as medidas de apoio à saúde, as quais já se traduziram numa parceria com os serviços de saúde da República de Cuba, ao abrigo do qual já foram operadas mais de 300 pessoas.

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De acordo com Luís Gomes, esta reunião mundial “constitui uma oportunidade única no aprofundamento dos laços de solidariedade entre os continentes europeu e americano e cimenta a longa parceria já estabelecida entre VRSA e Cuba ao nível da cultura, saúde, solidariedade e desenvolvimento”.

Para Héctor Hernández Pardo, coordenador executivo do Projeto José Martí, a reunião do Conselho Mundial José Martí “representa, de forma inequívoca, a difusão do pensamento social e político da América Latina e do Caribe e potencia o reforço dos laços culturais com todos os países desta região do mundo”.

Além da apresentação do Projeto José Martí para a Solidariedade Internacional, foram debatidos vários temas pelos mais influentes pensadores e figuras mundiais, nomeadamente as questões do “Desenvolvimento Humano”, da “Inclusão Social”, da “Libertação dos Povos”, do “Pensamento Martiano” ou do “Estado Atual da Solidariedade Mundial”.

O Conselho Mundial José Martí tem como missão coordenar todos os eventos que se destinem a homenagear o influente pensador, poeta, político e filósofo cubano José Martí, nascido há 160 anos, a 28 de janeiro de 1853.

Quem foi José Martí?

José Julián Martí Pérez, político, pensador, jornalista, filósofo, poeta, foi o criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895, ou Guerra Necessária. O seu pensamento transcendeu as fronteiras da sua Cuba natal para adquirir um caráter universal. Ficou também conhecido como “El apóstol”.

José Martí foi o grande mártir da Independência de Cuba, em relação à Espanha. Além de poeta e pensador fecundo, demonstrou, desde jovem, inquietude cívica e simpatia pelas ideias revolucionárias que existiam entre os cubanos.

Influenciado pelas ideias de independência de Rafael Maria de Mendive, seu mestre na escola secundária de Havana, iniciou a sua participação política escrevendo e distribuindo jornais com conteúdo separatista no início da Guerra dos Dez Anos. Com a prisão e deportação do seu mestre Mendive, cristalizou-se a atitude de rebeldia que Martí nutria contra o domínio espanhol.

Em 1869, com apenas dezasseis anos, publicou a folha impressa separatista “El Diablo Cojuelo” e o primeiro e único número da revista “La Patria Libre”. No mesmo ano, passou a distribuir um jornal manuscrito intitulado “El Siboney”. Pouco depois, foi preso e processado pelo governo espanhol por estar na posse de papéis considerados revolucionários.

Em 1871, com a sua saúde debilitada, a família conseguiu um indulto e obteve a permuta da pena original pela deportação à Espanha. Em Espanha, Martí publicou, naquele mesmo ano, o seu primeiro trabalho de importância: “El Presidio Político en Cuba”, no qual expôs as crueldades e os horrores vividos no período em que esteve preso. Nesta obra já se encontravam presentes o idealismo e o estilo vigoroso que tornariam Martí conhecido nos círculos intelectuais da sua época.

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