Os deputados do Bloco de Esquerda João Semedo e Cecília Honório exigiram, sexta-feira, mais explicações ao Ministério da Saúde sobre a situação de tensão que se vive no Centro Hospitalar do Algarve.
João Semedo e Cecília Honório referiram-se à carta aberta subscrita por mais de 180 médicos do CHA para exigir uma posição do Governo, nomeadamente a demissão do conselho de administração do centro hospitalar.
“Trata-se de uma carta aberta muito crítica da gestão do presidente do conselho de administração, alertando para a degradação dos cuidados de saúde prestados na região do Algarve e denunciando as práticas autoritárias do respetivo presidente, Pedro Nunes”, frisam os bloquistas.
O Bloco de Esquerda considera que “a dimensão deste protesto, associada à degradação que se vem verificando na situação das unidades de saúde algarvias, justificam que o Governo reconheça o falhanço da equipa que nomeou para a administração do Centro Hospitalar do Algarve e, consequentemente, que a demita de imediato”.
Assembleia municipal de Portimão já pediu demissão
Em novembro de 2013, a assembleia municipal de Portimão já tinha aprovado uma moção de censura sobre a conduta do presidente do CHA e que apelava à demissão de Pedro Nunes.
Os deputados municipais do BE foram os autores da moção, aprovada com 15 votos a favor, quatro votos contra dos deputados do CDS e quatro abstenções dos deputados do PSD e indicava que a degradação dos cuidados de saúde na região “poderá conduzir ao desmantelamento do hospital.
Os deputados municipais consideraram que o presidente do conselho de administração do CHA é um dos principais responsáveis pela situação vivida naquele hospital.
(Mais informações na próxima edição do JA – dia 16 de janeiro)
JA
Este caso revela como a prepotência e o autoritarismo, quando desprovidos de responsabilização, podem resultar nos maiores falhanços, que nada acontece, a não ser quiçá nova nomeação, ainda mais grandiosa, estilo próprio neste país da fuga para a frente. Recordo aqui a pouca vergonha do estacionamento pago no hospital do barlavento, entretanto suspenso, mas que ajudou à morte de doentes por não conseguirem chegar às urgências. A cupa morre solteira!