O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse este domingo (11) estar “profundamente triste” pelo massacre de 16 civis no Afeganistão, mortos alegadamente por um soldado norte-americano, e expressou ao presidente afegão Hamid Karzai a sua “consternação” pelo ocorrido.
“Ofereço as minhas condolências às famílias e entes queridos daqueles que perderam a vida e ao povo do Afeganistão, que suportou muita violência e sofrimento”, disse Obama numa declaração por escrito, na qual classificou o incidente de “trágico e chocante”. Obama telefonou ao presidente afegão, Hamid Karzai, para “expressar a sua consternação e tristeza” pelo massacre, disse a Casa Branca.
“Um suspeito está em custódia, e dei ao presidente Karzai a garantia de que levaremos os responsáveis perante a justiça”, frisa o comunicado do presidente.
“Este incidente é trágico e chocante, e não representa o caráter excecional de nossos militares nem o respeito dos Estados Unidos em relação ao povo do Afeganistão”, disse Obama.
O caso
Dezesseis civis afegãos, entre eles crianças e idosos, morreram ao que tudo indica às mãos de um soldado norte-americano que teria saído na madrugada deste domingo da sua base, na província de Kandahar, bastião talibã do sul do Afeganistão, para realizar o massacre.
Obama fixou 2014 como prazo para a retirada da força de 130 mil homens da NATO liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão, enquanto Washington treina as forças de segurança afegãs para assumir a liderança e negociar com os talibãs.
O incidente ocorre num momento em que as relações entre Washington e Cabul estão no seu pior nível, depois da queima de livros do Alcorão por soldados dos Estados Unidos que provocaram violentos protestos, e provoca novas dores de cabeça à missão militar de mais de uma década.