Raptores continuam a monte
António Veloso, o médico de 60 anos raptado em Arcos de Valdevez foi libertado ontem pelos raptores e já se reencontrou com familiares, na Galiza, onde prestou declarações à Guardia Civil.
O médico, residente em Arcos de Valdevez, vai agora prestar declarações às autoridades no Comando da Guardia Civil de Pontevedra, que leva a investigação deste caso. “Até ao momento não foram feitas detenções”.
Os dois raptores ainda estão a monte, mantendo-se as buscas por parte das polícias portuguesa e espanhola.
A Guardia Civil espanhola difundiu hoje, através das redes sociais, fotos dos dois homens, apelando à população para participar às autoridades se os avistarem. Nas mensagem, aquela polícia informa que os dois suspeitos, Saturnino Marcos Cerezo Cancelas e Álvaro Miguel dos Santos Barbosa, ambos com residência na Galiza.
Descritos como “muito perigosos”, viajam num Mercedes, roubado ao médico, com matrícula portuguesa.
A Guardia Civil apela à população da zona de Tui, junto a Valença, para comunicar o eventual avistamento do carro diretamente para o número de emergência daquela força policial, divulgando por isso, na mesma mensagem, as fotos dos dois suspeitos, ambos com cadastro.
Raptado à saída do supermercado
Segundo testemunhas oculares o médico, foi abordado pelas 21 horas, quando saía de um supermercado de Arcos de Valdevez, por três homens, de cara destapada, que o obrigaram a entrar na viatura de gama alta em que se fazia transportar.
O médico sequestrado foi encontrado sozinho esta sexta-feira pelas 19 horas de Portugal, em Ponteareas, na Galiza, depois de percorrer o caminho, a pé, durante umas duas horas, até encontrar uma casa e pedir auxílio.
As operações de controlo de viaturas pela Guardia Civil estão a decorrer em vários concelhos e junto à fronteira. A Polícia Judiciária portuguesa está envolvida nesta investigação desde a madrugada.
As autoridades espanholas não confirmam o envolvimento do terceiro suspeito do assalto e sequestro, referido por testemunhas em Arcos de Valdevez. A GNR tem no terreno um dispositivo para apoiar, do lado português, as investigações ao sequestro do médico.
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