Ministro do Ambiente participaa na 8.ª Reunião do Conselho Local de Ação Climática

A seca que a região enfrenta foi uma das matérias abordadas

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Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e Ação Climática, esteve no Hotel Ria Park (Vale do Garrão), concelho de Loulé, para participar na 8.ª Reunião do Conselho Local de Acompanhamento de Ação Climática do município louletano, comunicou esta semana a autarquia.

No Dia Mundial do Ambiente, assinalado a 5 de junho, o responsável quis perceber um pouco mais sobre este “processo participativo” criado em 2017, onde estão envolvidas mais de 70 entidades, e o trabalho que o município de Loulé está a fazer em matéria climática.

“Este é o primeiro conselho local do país e Loulé foi também o primeiro município a ter um Plano Municipal de Ação Climática. É um município exemplar, referenciado no relatório da OCDE para a década ambiental, e nesse sentido, fiz questão de estar aqui hoje para ver o que está a ser feito a nível local, e que vai ser essencial também para o país atingir os resultados ambientais que desejamos”, declarou o ministro.

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Nesta passagem pelo Sul do país, a seca que a região enfrenta foi uma das matérias abordadas. Sendo o Algarve “uma região muito afetada pelas alterações climáticas”, a escassez hídrica levou o Governo a tomar medidas na passada semana, que passam sobretudo pela redução do consumo na agricultura e em alguns setores económicos.

“Temos um plano de investimentos muito significativo no Algarve para reforçar a capacidade de oferta de recursos hídricos, mas sabemos que vamos ter menos precipitação no futuro e, como tal, vamos ter que trabalhar em duas dimensões: por um lado dentro do possível, com os recursos que o país tem e com os recursos europeus disponíveis, e investir na eficiência do consumo da água, na interligação passando a água do Sotavento para o Barlavento, mas também, em novas fontes de água, água reciclada e água que venha do mar através da dessalinizadora”, considerou.

Quanto a este projeto há muito aguardado, prevê-se que até ao final do ano seja aberto o procedimento concursal, estando a central concluída até final de 2026, de acordo com o calendário do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Duarte Cordeiro garantiu ainda que irá acompanhar a situação do Algarve em matéria de seca.

Numa abordagem global sobre as políticas que têm sido desenvolvidas pelo Governo, o ministro referiu os bons resultados do país ao nível das energias renováveis ou ao da qualidade da água e acesso ao saneamento. Já em relação ao setor dos resíduos a situação é bem diferente e “é necessário acelerar porque o país está atrasado”. A grande meta é reduzir os resíduos em aterro, chegando aos 10% em 2035. Para alcançar este objetivo, os grandes desafios poderão ser: o incentivo e apoio aos municípios na recolha de resíduos orgânicos, o aumento da reciclagem, por exemplo através do estímulo de sistemas de recolha de embalagens que dão retorno a quem faz essa reciclagem, ou a aposta no tratamento dos resíduos aproveitando as infraestruturas que o país tem, por exemplo, através da produção e energia renovável.

Da parte do município, Vítor Aleixo, autarca local, disse ser necessário uma “consciência assumida” e uma cultura sobre a importância emergente que é a mudança do clima para “poder seduzir e trazer outros para esta tarefa que a todos compete”.

Vítor Aleixo entregou ao ministro da tutela um exemplar do Plano Municipal de Ação Climática do Município de Loulé, o primeiro do país a ser aprovado.

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