Modelo de cogestão do Sapal apresentado na biblioteca

"Porque todos queremos uma reserva viva!"

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O modelo de cogestão da área protegida do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António foi apresentado na Biblioteca Municipal Vicente Campinas na manhã de terça-feira, dia 24 de janeiro, com a participação e sugestões da comunidade.

A abertura da sessão pública participativa “Porque todos queremos uma reserva viva!” contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo, à direita

Tal como aconteceu na primeira sessão, em Castro Marim, os participantes foram divididos em três grupos com o objetivo de destacar os pontos positivos e negativos da área protegida do Sapal, que foram ouvidos atenciosamente pelos responsáveis pelo modelo de cogestão.

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O primeiro grupo referiu que atualmente existe uma restrição ao usufruto de alguns locais da reserva, além de existirem dificuldades no licenciamento de provas desportivas, falta de informação e de recursos humanos.

O grupo apontou como necessidades a melhoria da sinalética, a criação de um guia ou um caderno de percursos, o uso das redes sociais para promoção, realização de mais provas desportivas e eventos controlados, organização do Dia Aberto mais do que uma vez por ano, regras mais claras apresentadas ao público e utilização de um projeto de voluntariado jovem para natureza e florestas.

O segundo grupo, que contou com a participação do Capitão do Porto de Vila Real de Santo António, Afonso Martins, alertou para a existência de pouca divulgação da reserva tanto em papel como em formato digital, a falta de uma rede 4G robusta, a existência de uma burocracia excessiva para autorizações e de poucos trilhos sem identificação, sugerindo a criação de uma aplicação móvel, de estacionamento fora da área protegida e de pontos de apoio.

Um dos elementos do grupo sugeriu ainda apenas três opções de se usufruir da reserva: passeios a pé, observação de aves e passagem de viaturas autorizadas.

O terceiro e último grupo alertou para a ameaça às salinas tradicionais, a falta de legislação comunitária para proteção das mesmas, a falta de interesse da população para com a reserva e as alterações climáticas.

Como sugestões foi sugerida a promoção do sal tradicional, a criação de um plano de intervenção, investigação científica e apresentação dos respetivos resultados, melhorias nos mapas e valorização da pecuária e agricultura.

Um dos elementos deste grupo alertou também para a intrusão de areias que está a acontecer diariamente no estuário da reserva.

O final da sessão, além do habitual debate, contou com as palavras do vereador da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Álvaro Leal.

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