Monte Gordo: Trabalhadores do Hotel dos Navegadores avançam para greve

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Os trabalhadores do Hotel Navegadores, em Monte Gordo, decidiram declarar greve ao trabalho suplementar e ao trabalho prestado em dias feriados, a partir do dia 13 de agosto e por tempo indeterminado.

Os trabalhadores reivindicam o pagamento dos ordenados de junho e de julho, bem como do subsídio de férias de 2011. Exigem, ainda, o pagamento dos feriados e folgas trabalhadas e atribuição dos respectivos descansos compensatórios, a passagem de todos os trabalhadores com contratos a termo que ocupam postos de trabalho permanentes para o quadro de efectivos, bem como o recrutamento de trabalhadores qualificados para preencher as necessidades das várias secções.

A paralização durante aqueles períodos, decidida no plenário realizado na quarta-feira, representa também uma forma de luta contra as alterações ao Código de Trabalho.

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“Esta é uma luta pelo direito ao trabalho com direitos, uma luta pelo respeito e dignidade por quem ao longo dos anos tem feito tudo para cooperar com a empresa”, frisa o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve, em comunicado enviado às redações.

“Os trabalhadores exigem o que lhes é devido e estão dispostos a encetarem todas as formas de luta necessárias até que a sua situação seja regularizada e estão determinados na luta contra as alterações à Legislação Laboral”, acrescenta o sindicato.

Os trabalhadores pretendem, ainda, lutar pela “aplicação integral” do Contrato Colectivo de Trabalho, nomeadamente a actualização dos salários “tendo em conta as correspondentes categorias com efeitos retroactivos desde que os trabalhadores começaram a desempenhar as respectivas funções”.

O sindicato considera que as alterações ao Código do Trabalho, aprovadas pela Lei n.º 23/2012, de 25 de junho, representam “uma violência” e “uma brutalidade”, já que “facilitam e embaratecem os despedimentos”, “eliminam feriados e reduzem dias de férias”, “desregulam os horários de trabalho”, “anulam ou suspendem disposições livremente acordadas em sede de contratação colectiva”, “reduzem o valor do trabalho suplementar” e, particularmente, para os trabalhadores do sector da hotelaria, “permitirem a existência de trabalho gratuito nos dias feriados”.

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1 COMENTÁRIO

  1. Inteligentes, os gajos. Fazem greve em plena época alta para o hotel ter mais prejuízo e, por consequência, menos dinheiro para pagar os salários em atraso.
    Se o hotel está em dificuldades, isto afunda-o de vez…com o risco de declarar falência e ir tudo para o desemprego. Grande defesa dos trabalhadores esta, não há dúvida!

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