Montenegro em Portimão preocupado com credibilidade da justiça

“O que desejamos na justiça portuguesa é que ela tenha instrumentos para ser célere e eficiente e o que desejo é que as autoridades possam produzir o seu trabalho”

ouvir notícia

O presidente do PSD manifestou-se esta terça-feira, dia 14 de novembro, preocupado com a credibilidade das instituições judiciais e políticas portuguesas, escusando-se “a alimentar mais o desprestigio e a desconfiança” que tem crescido junto das pessoas.

“Não vou interferir diretamente nisso, mas não quer dizer que não estou muito preocupado com a credibilidade das instituições, sejam políticas, sejam judiciais”, disse Luís Montenegro, em Portimão.

O líder social-democrata falava aos jornalistas à chegada à estação ferroviária de Portimão, depois de uma viagem de comboio entre Tunes, no concelho de Silves, e Portimão, no âmbito da iniciativa Sentir Portugal.

- Publicidade -

Luís Montenegro escusou-se a comentar as medidas de coação e o processo judicial que envolve o chefe de gabinete do primeiro-ministro e a “alimentar mais o desprestígio e a desconfiança que tem crescido a propósito das instituições da mais variada natureza”.

“Neste momento, há um processo que tem a sua tramitação e temos de aguardar que as autoridades façam o seu trabalho”, disse.

Montenegro rejeitou “fazer qualquer interferência no processo” judicial pedindo que deixem as autoridades de investigação “possam produzir o seu trabalho e as pessoas envolvidas possam ter os mecanismos para se defenderem”.

“O que desejamos na justiça portuguesa é que ela tenha instrumentos para ser célere e eficiente e o que desejo é que as autoridades possam produzir o seu trabalho”, defendeu.

Para o líder social-democrata, os partidos têm de ser intervenientes para dar confiança às pessoas para que elas acreditem nas instituições que as representam, seja ao nível do poder político, seja ao nível do poder judicial”.

“Estou empenhado em oferecer isso a Portugal para os próximos anos e não vou alimentar mais o desprestígio e a desconfiança que tem crescido nas instituições”, concluiu.

Só governa se ganhar eleições e rejeita coligação com extrema direita

O presidente do PSD reafirmou não vai fazer qualquer coligação com o partido de extrema direita e que só governará se ganhar as eleições legislativas.

“Eu venho para ganhar as eleições e para governar o país e já disse que só governo se ganhar as eleições”, disse aos jornalistas Luis Montenegro, em Portimão.

Luís Montenegro declarou que, sem maioria absoluta, o PSD tem de “desafiar todos os outros partidos a respeitarem a vontade popular e a encontrarem instrumentos no parlamento que façam com que o Governo possa executar o seu programa, excluindo” o partido de extrema direita.

“É isso que nós vamos fazer”, destacou.

Contudo, o presidente do PSD manifestou-se “empenhado em ganhar as eleições, em conquistar o maior número de votos possível para que o PSD sozinho tenha condições de estabilidade governativa”.

Questionado sobre posições manifestadas por alguns militantes e ex-dirigentes do partido, como o ex-ministro Miguel Relvas, favoráveis a coligações ou acordos com outros partidos políticos da área da direita para a formação de um eventual Governo, Montenegro respondeu que o PSD “tem órgãos eleitos e estratégias sufragadas”.

“O PSD é um partido democrático onde as pessoas são livres de manifestarem as suas posições, mas nós estamos a cumprir de forma integral e honesta a estratégia que delineámos”, salientou.

O líder social-democrata disse que vai apresentar ao eleitorado um projeto político “mobilizador e que corresponde ao sentimento maioritário dos eleitores e àqueles que estão frustrados e dececionados com o terceiro pântano político que o PS trouxe ao país”.

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.