Montenegro em Sagres diz que Governo tem condições para acordo com médicos

Para o líder social-democrata, “é sempre desejável um entendimento”

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O presidente do PSD defendeu na terça-feira, dia 15 de novembro, que o Governo tem condições para fechar um acordo com os médicos porque “formalmente ainda está” em plenitude de funções.

Luís Montenegro falava aos jornalistas numa reação à greve dos médicos de dois dias, na Fortaleza de Sagres, no concelho de Vila do Bispo, no final de uma visita ao monumento nacional, no âmbito da iniciativa dos sociais-democratas Sentir Portugal.

Questionado sobre as condições do Governo para fechar um acordo com os médicos como defendeu a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Montenegro lembrou que, “embora demissionário, o Governo está na plenitude das suas funções”.

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“O meu desejo era que o acordo com os médicos já estivesse celebrado, porque já passaram várias semanas de reuniões em que foi dada uma expectativa de que se iria chegar a um entendimento”, destacou.

Contudo, adiantou, um acordo com os médicos “é crucial para resolver um problema imediato e não um problema de fundo do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Para o líder social-democrata, “é sempre desejável um entendimento” entre as estruturas representativas dos médicos e o Governo, mas “não digam que vai resolver todos os problemas das urgências em Portugal e da resposta do SNS, porque isso não é verdade”.

Montenegro adiantou que este processo negocial “tem um histórico com este Governo que lhe permite tomar uma decisão e, desse ponto de vista, não vale a pena usar essa desculpa [a de um Governo em gestão] para não haver acordo”.

“Não há acordo porque simplesmente as partes não se conseguiram entender, essa é que é a verdade. Aquilo que acho é que depois de todo o trabalho que foi feito haveria condições para decidir”, reforçou.

Luís Montenegro disse que se recusa a meter no meio de uma negociação, “porque cabe ao Governo em nome do Estado e aos médicos, através das suas estruturas representativas chegarem a um entendimento” para resolver um dos problemas da saúde em Portugal.

“Estamos a falar num Governo que vai em oito anos de exercício de funções. É bom lembrar que as pessoas que agora vão sair, não chegaram há oito dias nem há oito meses na condução da política do Governo”, concluiu.

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