Morreu o Padre Júlio Tropa

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“Faro perdeu assim um dos seus maiores defensores”, lê-se no comunicado de pesar divulgado pela Câmara de Faro. O velório realiza-se hoje em Santa Bárbara de Nexe a partir das 17h00.

O padre Júlio Tropa faleceu esta madrugada no Hospital de Faro após doença prolongada. O velório está marcado para esta tarde, a partir das 17h00, na Igreja de Santa Bárbara de Nexe.
O funeral realiza-se na próxima sexta-feira, dia 27, às 15h00. Após a cerimónia funebre, que será celebrada pelo Bispo do Algarve, o cortejo funebre seguirá até ao cemitério de Santa Bárbara de Nexe.
Em comunicado, a Câmara Municipal de Faro sublinha: “O concelho de Faro está hoje mais pobre com esta perda mas simultaneamente mais rico por ter privado e beneficiado da generosidade do Padre Júlio Tropa Mendes”.
“Em poucas palavras podemos dizer que foi a pessoa que no último meio século mais marcou o interior do concelho de Faro. Fez obra social, criou instituições, gerou empregos e ajudou quem precisa. A sua memória e o seu exemplo marcou-nos de modo inesquecivel. A Câmara Municipal de Faro curva-se em homenagem perante tão distinto cidadão de tão brilhantes qualidades”, lê-se na nota divulgada.
A autarquia adianta ainda que pretende homenagear o pároco de Estoi e Santa Bárbara de Nexe agora falecido e vai atribuir o topónimo Padre Júlio Tropa Mendes (1934 – 2012) ao arruamento poente da aldeia de Santa Bárbara de Nexe que serve o Centro Social por ele criado. Estoi também vai dedicar uma das suas ruas ao padre Júlio Tropa e de acordo com as informações agora adiantadas, será o arruamento lateral norte da Extensão de Saúde e que serve a futura Unidade de Cuidados Continuados.
Importa recordar que o padre Júlio Tropa Mendes, é natural de Mação, Santarém. Além de pároco de Santa Bárbara de Nexe, durante 42 anos e de Estoi nos últimos 25 anos, Júlio Tropa foi ainda professor do ensino secundário e dedicou o seu esforço na criação de melhores condições de vida para a população de ambas as paróquias.
Os Centros Comunitários de Estoi e de Santa Bárbara de Nexe foram projetos emblemáticos que o pároco conseguiu concretizar.
“Era uma pessoa de trato fácil pela qual era impossível não nos “apaixonarmos”. A convicção que impunha nas causas que abraçou e a forma aguerrida com que lutavas por elas, torna-nos mais conscientes da nossa perda. O concelho de Faro perdeu assim um dos seus maiores defensores”, lê-se no comunicado divulgado pela autarquia.

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3 COMENTÁRIOS

    • Obrigado padre Júlio! O senhor continuará sempre vivo nas nossas mentes! A sua obra, a sua maneira de estar na vida, o seu testemunho jamais se apagará. Mais uma vez obrigado.     Hortense 

  1. Obrigado, Padre Júlio Tropa, por ter feito parte de nós!
     
    Tivemos oportunidade de beneficiar do convívio com o Snr. Padre Júlioi Tropa durante alguns momentos das nossas vidas. Dele sobressaía uma humanidade invulgar, certamente feita de experiência de vida ao serviço das comunidades por onde passou. Dele fica uma marca idelével para as próximas gerações.

    Parte incólume a sua imagem, enquanto ser humano, presbítero e pedagogo. Irá ser muito difícil, surgir no seu lugar, pessoa tão consensual na sua prática diária junto das populações a que atendia, sem que haja lugar a comparações. É próprio dos génios e dos eleitos.

    O “Padre Tropa” como vulgarmente o povo o mencionava quando se dirigia em conversas entre si, exerceu um ministério muito peculiar, respeitando as nossas ancestrais tradições e rituais religiosos, de acordo com a nossa idiossincrasia muito peculiar algarviana, e que ele tão bem soube interpretar.

    No seu legado, fala incomodotivamente uma obra física de relevo a favor das populações, e com o pormenor de sustentabilidade assegurada, facto algo raro nos nossos dias – deste espólio contam-se lares e creches.

    Com a sua partida, ficámos mais pobres, mas simultaneamente mais ricos, por podermos evocar, pelo resto das nossas vidas, a sua memória.

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