Movimento para salvar as Alagoas Brancas reúne com ministro do Ambiente

A luta pela conservação daquele local no concelho de Lagoa tem continuado ao longo dos últimos meses

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O movimento “Salvar as Alagoas Brancas” vai reunir-se com o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, na segunda-feira, dia 28 de agosto, anunciou o grupo.

A luta pela conservação daquele local no concelho de Lagoa tem continuado ao longo dos últimos meses, com uma petição que já conta com mais de 7500 assinaturas e que será em breve introduzida na Assembleia da República para ser levada a plenário.

Em comunicado, o movimento anuncia ainda que nas Alagoas Brancas foi encontrada a maior população nacional de Damasonium bourgaei, uma espécie que está em perigo, além de Cressa cretica e Elatine macropoda.

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“As recentes descobertas e os últimos pareceres e estudos técnicos feitos sobre o local têm contrariado a posição daqueles que durante demasiado tempo tentaram desvalorizar a importância ecológica e ambiental das Alagoas Brancas”, refere.

O movimento descarta a solução sugerida por alguns políticos de translocar os animais selvagens para outro local e construir um habitat húmido artificial, ou seja, mudar a zona húmida das Alagoas Brancas de sítio, uma vez que “não há garantias suficientes de que o suposto habitat artificial funcione”.

O comunicado refere ainda que está prevista uma nova reunião com o presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação, e que a ministra da Presidência, Maria Vieira da Silva, foi informada de toda esta situação durante a sua visita à FATACIL.

Foi também colocado um outdoor em Lagoa, junto à Estrada Nacional 125, enquanto outro já está a ser preparado.

As Alagoas Brancas são “uma pequena zona húmida de água doce no seio de um aquífero aluvionar que ao longo do ano alberga 300 espécies registadas de fauna e flora, entre as quais 146 espécies de avifauna”.

“Este ecossistema dependente de água subterrânea funciona também como uma bacia natural de contenção de água promovendo serviços de ecossistema à cidade de Lagoa, e mitigando riscos para pessoas e bens em caso de cheias e inundações”, conclui.

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