Desta feita o personagem central é o próprio autor do escrito. Nem lhe foi sugerido ou chamada a atenção para escrever sobre o tema. Foi o próprio que sofreu, na carne e na alma, o tristemente ocorrido. Tanto mais lamentável quando se trata da capital da região e de uma das principiais zonas turísticas da Europa.
Foi ao cair da noite do dia 1 de Maio (2.ª feira, feriado nacional), quando após cumprir o «dever» de uma caracolada (sóbria) se dirigiu com suas filhas a fazer compras na loja «Modelo (Continente)», no Vale da Amoreira, na EN. 2, em Faro. Quando se dirigia para o sector «Caixas» a fim de efectuar o pagamento foi vítima de uma quebra de tensão que lhe provocou a queda e extensa e sanguínea em abundância ferida no tecido craniano. A despeito da pronta intervenção de solícitos funcionários daquele grupo do ramo alimentar, ligando para o «112» no sentido de chamar uma ambulância, passados minutos veio a triste e indesejada resposta: «Não há ambulâncias em Faro».
Triste realidade vivida pelo cronista, a qual valeu a ajuda generosa não apenas dos referidos funcionários como da voluntária e imediata intervenção de uma médica cardiologista, que estava presente e prestou os primeiros socorros. Não lhe sabemos o nome, mas aqui fica, «urbi et orbi» (á cidade e ao mundo) o meu reconhecido agradecimento.
O transporte para o CHUA fez-se na viatura de um familiar com todos os riscos daí advindos.
Uma triste história que não queríamos nem desejaríamos jamais narrar, mas que aconteceu. Indaga-se: o INEM, a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARSA), a Delegação Regional da CVP (Cruz Vermelha Portuguesa) e as Corporações Locais de Bombeiros (Sapadores e Cruz Lusa) sobre esta lacuna: um concelho sem ambulâncias!