Para não assustar os mais impressionáveis, impera explicar que a nomeação de Donald Trump para o Nobel da Paz 2016 não assegura que o seu nome figure na lista de finalistas. Todos os anos, milhares de pessoas elegíveis para apresentarem candidaturas ao galardão de Oslo — entre elas políticos e deputados, ex-laureados e reitores universitários de todo o mundo — enviam as suas propostas para o comité norueguês, que em média recebe cerca de 200 sugestões.
O que aconteceu este ano é que um desses nomeadores, de nacionalidade norte-americana, enviou o nome do incendiário aspirante a candidato republicano nas presidenciais dos EUA para consideração do comité, numa carta onde destaca a sua “ideologia para a paz através da força, usada como uma arma de ameaça contra o Islão radical, o autodenominado Estado Islâmico, o Irão nuclear e a China comunista”.
Reagindo à nomeação, Olav Njoelstad, o diretor do Instituto Norueguês do Nobel, garantiu à Reuters que Trump não irá constar da lista de finalistas.
Entre os nomeados para o Nobel da Paz este ano contam-se a chanceler Angela Merkel, o Papa Francisco e o delator Edward Snowden. Para Kristian Berg Harpviken, que dirige o Instituto de Pesquisa sobre a Paz, em Oslo, o norte-americano que denunciou a existência de programas secretos e ilegais de vigilância em massa criados pela Agência de Segurança Nacional (NSA) poderá ser o laureado deste ano. “2016 pode finalmente ser o ano de Edward Snowden”, disse à Reuters. “As suas denúncias estão a ter um efeito positivo.” Em entrevista à NBC, Harpviken disse acreditar que o Papa é o outro nomeado com grandes possibilidades de ser laureado este ano.
(Rede Expresso)
