“O mais difícil está para vir”

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Maria Luís Albuquerque fez em Dublin uma defesa acalorada da união bancária

Maria Luís Albuquerque diz que a etapa mais difícil do processo de implantação da consolidação orçamental está para vir e considera fundamental ultrapassar a fragmentação financeira, numa intervenção no congresso do Partido Popular Europeu (PPE), que decorre dias 7 e 8 em Dublin.

Falando num painel relativo ao crescimento e recuperação económica e referindo-se às soluções de consolidação financeira que foram sendo tomadas durante a crise, Maria Luís Albuquerque considerou-as adequadas .”Contudo – disse – o mais difícil neste processo está por vir: a implantação efetiva das novas regras para confirmar que desta vez é diferente, que cada violação da resposta coletiva terá consequências imediatas e concretas.

A ministra criticou ainda o “andamento lento” do processo de integração e, em particular, a fragmentação financeira, que está a tornar o processo de ajustamento mais difícil – especialmente nos países “que estão ainda num processo de correção dos desequilíbrios” – ao refletir-se de forma muito negativa nas pequenas e médias empresas”.

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“Por esta razão, disse, “a ultrapassagem da fragmentação financeira é um dos grandes desafios da eurozona”, que só poderá ser plenamente atingida com “a completa realização da união bancária”, tendo em vista “cortar o laço entre o risco bancário e o soberano”

A ministra fez aliás uma defesa acalorada da união bancária, que considerou um processo “longo e difícil, mas que será “o maior passo desde a adoção da moeda única”.

Maria Luís Albuquerque também se referiu ao papel crucial das pequenas e médias empresas na Europa (representavam em 2012 99% do total das empresas na União Europeia, assegurando 2/3 dos postos de trabalho, segundo dados que citou) e à atenção que lhes deverá ser dada, nomeadamente na facilitação do acesso ao crédito. “São um elemento chave na recuperação da economia e no crescimento sustentável”, disse.

Para a ministra, os desafios que se colocam devem também ser considerados ao nível dos Estados-membros, que terão de “obedecer às novas regras da disciplina orçamental”, tomar medidas que facilitem o financiamento das PME, nomeadamente através da canalização dos fundos estruturais e, finalmente, implementar reformas estruturais ambiciosas e vastas.

Segundo Maria Luís Albuquerque, 2014 marca o tempo de agir, depois de anos de reação, e que chegou a altura de lançar as sementes do crescimento sustentável. “O projeto europeu está mais forte, a economia europeia mais equilibrada e a Europa está a virar a página. Mas ainda não está tudo feito por isso temos de reconhecer que conseguimos muito mas temos ainda que continuar”.

RE

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