garante o líder social-democrata algarvio, Luís Gomes em entrevista ao JA.
Jornal do Algarve – Agora que passou a fase das eleições e o Governo tomou posse, quais vão ser os próximos passos do PSD Algarve?
Luís Gomes – O PSD Algarve teve uma vitória muito importante nas últimas legislativas. Passados 20 anos, o PSD conseguiu ganhar em todas as frentes na região do Algarve. Ganhámos em todos os concelhos e na esmagadora maioria das freguesias e assembleias de voto. Isto não nos pode deixar reconfortados nem descansar à sombra desta vitória. Pelo contrário, deve-nos dar humildade, capacidade e sentido de responsabilidade perante as pessoas.
Os algarvios mostraram de uma forma inequívoca a sua confiança para a governação do PSD e portanto o Governo eleito – formado pelo PSD e pelo CDS-PP – têm no caso da região do Algarve fazer aquilo a que se comprometeu. O papel de uma Comissão Política Distrital de um dos partidos que está em governação é manter o processo de contacto com a sociedade civil e com os setores empresariais e garantir que aquilo que são as carências e os anseios desta população têm as devidas repercussões por parte do Governo.
Este é um objetivo claro: o PSD não se deve encostar a uma vitória eleitoral que já passou e agora vem o mais difícil que é governar. O partido tem agora também um papel de sentido crítico e de ajuda para que se consiga aquilo que é fundamental e o Algarve tem muito para fazer.
JA – Como por exemplo?
LG – Acho que o Algarve pode ser das regiões mais beneficiadas do emagrecimento da estrutura do Estado que tanto se prometeu fazer na atual legislatura. O Algarve precisa que o Estado funcione.
Temos a noção que existe carência de alguns investimentos públicos mas também temos a noção das dificuldades financeiras que o país está a atravessar. Não prometemos investimentos públicos, mas temos a certeza que existe um investimento público que é primordial que é o Hospital Central do Algarve. É um equipamento fundamental para a qualidade de vida dos algarvios e para a credibilidade da região enquanto zona turística competitiva no quadro mundial.
De resto, é preciso pormos o Estado mais eficaz e a região tem muito a ganhar com isso porque significa que as autarquias têm atempadamente respostas às suas questões, significa acima de tudo que os investidores não tenham de passar as “passinhas do Algarve” cada vez que querem investir na região.
Se forem dados sinais claros e se forem medidas corretas que permitam o tal emagrecimento da máquina do Estado que não significa liberalizar mas sim dar mais eficácia e eficiências às decisões políticas… aí conseguimos dar um grande contributo para o crescimento económico do Algarve e para a criação de mais postos de trabalho.
JA – Estamos ainda no rescaldo eleitoral, faz sentido falar na Festa do Pontal como rentrée política?
LG – Este verão a particularidade de o Primeiro-Ministro já ter dito que não vai haver férias parlamentares. Mas há uma questão de fundo: há uma reentrée porque o fim do verão marca sempre o início de um novo calendário político e vamos ter na agenda do dia uma nova solução orçamental e um conjunto de medidas e reformas importantes que vão ter de (…)
[peça publicada na íntegra na edição papel do Jornal do Algarve de dia 30 de junho de 2011]