“O serial killer de Long Island vai continuar a matar”

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Na reserva de Tobay Beach, Long Island, já foram encontrados dez corpos, vítimas de um assassino em série ainda à solta. Polícias e criminologistas explicaram o caso ao Expresso.

Depois de já terem sido encontrados os restos mortais de dez pessoas na reserva natural de Tobay Beach, Long Island, a polícia dos condados de Suffolk e Nassau, auxiliadas pelo FBI, intensificaram as buscas esta semana. As autoridades suspeitam da existência de um ou dois serial killers . “Ele vai continuar a matar”, afirma, ao Expresso, Vernon Geberth, um ex-operacional do departamento de homicídios do NYPD (polícia de Nova Iorque), que durante a sua carreira investigou mais de 300 assassinatos.

“Na passada segunda-feira, descobrimos o que pensamos serem os restos mortais da nona e décima vítima. A partir daí, reforçámos ainda mais as buscas. Temos uma dúzia de mergulhadores no mar e dezenas de agentes a conduzir operações em terra. Há também um helicóptero do FBI a tirar fotografias aéreas de alta resolução”, descreveu ao Expresso o tenente Kevin Smith, porta-voz da polícia do condado de Nassau. “Porém, nas últimas 72 horas apenas encontramos sacos de plástico, algumas lonas e um abrigo improvisado, que, aparentemente, foi abandonado há muito anos”, acrescentou.

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Investigação começou em 2009

As descobertas macabras em Tobay Beach, local a cerca de 60 quilómetros da cidade de Nova Iorque, começaram no passado mês de Dezembro, quando ali foram encontrados os corpos de quatro prostitutas, todas na casa dos 20 anos.

Tudo tinha começado com uma operação de busca a Mellissa Barthelemi, uma prostituta de 24 anos, residente no Bronx, desaparecida em julho de 2009 e que ainda não foi encontrada.

Os corpos das outras seis vítimas foram recolhidos ao longo dos últimos dois meses. Além das ex-prostitutas, foram também encontrados,na segunda-feira, os restos mortais de uma criança, o que levanta a hipótese das autoridades estarem perante a existência de dois assassinos em série, devido ao dois tipos de modus operandi).

“Não comento essa possibilidade”, afirmou Smith, justificando-se com o facto de existir uma investigação a decorrer. “A revelação de alguns detalhes podia prejudicar o nosso trabalho”, explicou.

O Expresso contactou a criminologista Casey Jordan, que acredita que este “é um crime levado a cabo por apenas um indivíduo”. “Muitas vezes, as prostitutas recebem uma chamada de madrugada e vão de imediato, na ânsia de ganhar dinheiro. Muitas vezes trazem as suas crianças. O que pode ter acontecido é, num eventual caso de género, o assassino acabou por liquidar também o menor”.

Todas as ex-prostitutas tinham os seus serviços referenciados na lista de classificados “Craiglist”.

Os serial killers de Long Island

Nos últimos 22 anos, Norfolk e Nassau já serviram de base para três assassinos em série. Em 1989, Joel Rifkin, 34 anos, um jardineiro desempregado, confessou a morte de 17 prostitutas.

Em 1996, a polícia prendeu Robert Shulman, um carteiro de 42 anos, acusado de ter liquidado outras cinco. O terceiro será o responsável pelos recentes ataques.

Se a definição de serial killer (um indivíduo responsável pela morte de três ou mais pessoas em diferentes ocasiões) fosse um pouco mais alargada, então a região teria um quarto psicopata a acrescentar à lista, já que em 1990, Allen Gormeley, foi preso depois de ter morto duas prostitutas.


Crimes do `Estripador de Lisboa´ já prescreveram

Nunca chegou a ser descoberta a identidade do “Estripador de Lisboa”. Matou cinco prostitutas entre 1992 e 1993. Os crimes já prescreveram.

Os pormenores eram macabros. Depois de estrangular as suas vítimas, retirava-lhes o fígado, provavelmente com uma navalha. Aquele que ficou conhecido como o “Estripador de Lisboa” matou cinco prostitutas entre 31 de Julho de 1992 e 15 de Março de 1993.

A sua identidade nunca foi descoberta, apesar da Polícia Judiciária ter criado uma caça ao homem, com uma super-brigada encarregue do caso, e entretanto os crimes já prescreveram.

“O estripador foi ou ainda é, no caso de estar vivo, um indivíduo inteligente, frio e calculista”, afirmou em 2007 ao Jornal de Notícias, João de Sousa, que liderou as primeiras investigações.

A PJ seguiu centenas de pistas. Chegou a ser criado um retrato robô com traços vagos daquela se pensava ser a fisionomia do “Estripador de Lisboa”. Foram investigados mais de duas dezenas de potenciais suspeitos. Mas todas as investigações se revelaram inconclusivas.

As vítimas eram todas prostitutas, jovens e toxicodependentes. Uma das hipóteses levantada na altura foi a de que se trataria de um homem que teria sido infetado com o vírus da Sida e que mataria as prostitutas por vingança. Uma ideia que o ex-inspetor da judiciária, Francisco Moita Flores, usaria para o início do argumento de “Polícias”, a série transmitida pela RTP.

JA / Rede Expresso

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