“Robin Williams foi um aviador, um médico, um génio, uma ama, um presidente, um professor, um Peter Pan bangarang e tudo o que situa no meio disso. Mas ele foi único. Ele chegou às nossas vidas como um alien – mas acabou por tocar em todos os elementos do espírito humano”, afirmou o Presidente Barack Obama numa mensagem de condolências difundida pela ITV News.
A declaração do Presidente norte-americano surgiu após o anúncio de que o ator, de 63 anos, fora encontrado morto, segunda-feira de manhã na sua casa em Tiburon, no norte da Califórnia, ao que tudo indica devido a suicídio por asfixia.
“Ele fez-nos rir. Ele fez-nos chorar. Ele deu o seu talento incomensurável de um modo livre e generoso para aqueles que deles precisavam mais – das nossas tropas estacionadas no estrangeiro até aos marginalizados das nossas ruas. A família Obama oferece as suas condolências à família de Robin, aos seus amigos, e a todos que encontraram a sua voz e a sua poesia graças a Robin Williams”, declarou ainda Obama.
Antes, Susan Schneider lamentara a perda “do marido, do seu melhor amigo e de um belo ser humano”, pedindo privacidade para a família no momento de luto.
Idêntica solicitação de privacidade fora efetuada pela relações públicas de Robin Williams, Mara Buxbaum, quando anunciara a “trágica e súbita perda” do ator que estaria a tentar superar uma profunda depressão.
Tratamento este ano num centro para dependências
Robin Williams estivera internado este ano num centro de tratamento para dependências, sendo conhecido no passado os seus problemas pelo uso de álcool e drogas.
Em 2006 o ator dera entrada num centro de Hazelden para tratar da sua dependência de álcool, devido a ter recaído após ter permanecido sóbrio durante 20 anos.
três anos mais tarde fora de novo internacom, mas então para ser operado ao coração numa clínica de Ohio.
A inesperada notícia da sua morte, esta segunda-feira, deu origem a inúmeras reacções, nos mass media e nas redes sociais.
Steve Martin destacou a “boa pessoa, o talento genial e alma genuína” do colega ator, numa mensagem publicada no Twitter.
“Difícil de falar. Difícil de dizer. Difícil de lidar. Limito-me a pensar na alegria que foi estar com alguém como ele. Estou devastado. Envio o meu amor para a sua família e para todos os que o amaram. O meu coração está destroçado com a notícia”, afirmou por seu turno o ator Danny DeVito.
“Oh Captain! My Captain!”
“Foi uma honra conhecer-te”, escreveu o músico Lenny Kravitz, num post com uma fotografia que tirou com o ator na rodagem de “O Mordomo”, em Nova Orleães.
Lindsay Lohan, por sua vez, fala da “bondade” de Robin, que conheceu no seu primeiro dia de filmagens do filme “Papá Para Sempre”.
Zachary Quinto e Anna Kendrick recorreram a uma das frases mais icónicas da carreira cinematográfica de Williams, o extrato do poema “Oh Captain! My Captain!”, escrito por Walt Whitman e imortalizado no filme “O Clube dos Poetas Mortos” que o ator protagonizou em 1989.
A Twentieth Century Fox Television realça a perda de “um ser único”, “um génio da comédia”, “afetuoso, engraçado e um verdadeiro profissional”.
A fama chegou nos anos 1970 com série de TV
O ator norte-americano tornou-se famoso no seu país nos anos 1970, com a comédia televisiva “Mork and Mindy”, a que se seguiria nas décadas seguintes a notoriedade mundial pela sua participação em inúmeros filmes como “Bom dia, Vietname” ou “O Clube dos Poetas Mortos”.
Apesar de muito conhecido pelos seus dotes como comediante, acabaria por ser o seu desempenho no filme dramático “O Bom Rebelde” (onde surgiu como um terapeuta, contracenando com Matt Damon) a valer-lhe a conquista de um Óscar (na categoria de Melhor Ator Secundário), em 1997.
Expressando o pesar pelo seu desaparecimento, a Câmara de Comércio de Hollywood colocou flores sobre a estrela com o seu nome no Passeio da Fama.
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