Manifestantes do Ocupar Wall Street procuraram boicotar leilões da Sotheby para pressionar a empresa a satisfazer as reivindicações dos sindicatos que por seu turno estão a dar apoio logístico ao movimento.
Nascido como um movimento espontâneo e fora das estruturas reivindicativas mais tradicionais, os manifestantes de Ocupar Wall Street estão a iniciar ações concertadas com os sindicatos.
Os sindicatos começaram a fornecer apoio logístico, como espaços para a realização de reuniões, serviços de fotocópias, apoio jurídico, fornecimento de alimentação e outro apoio aos manifestantes, elementos do movimento Ocupar Wall Street iniciaram ações para pressionar diversas empresas de Nova Iorque a satisfazer as reivindicações dos sindicatos, segundo uma notícia do “Washington Post”.
Elementos do movimento Ocupar Wall Street têm comparecido em leilões da Sotheby, apresentando-se inicialmente como clientes, para boicotarem os eventos, levantando-se abruptamente no meio dos leilões anunciando que enquanto a empresa premia os seus executivos com milhões de dólares, recusa-se a satisfazer as reivindicações dos sindicatos de dar melhores salários e benefícios aos trabalhadores.
Encaminhar os sindicatos para ações mais agressivas
Sexta feira decorreu uma manifestação conjunta de trabalhadores de uma empresa de telecomunicações e de ativistas do movimento Ocupar Wall Street.
As ações concertadas com os sindicatos indicam uma mudança no movimento cujas ações nasceram de fora de estruturas mais organizadas e institucionais.
Embora a junção de forças com os sindicatos esteja longe de ser consensual, alguns elementos do movimento, referidos pelo “Washington Post”, consideram que poderão levar a um reforço do papel dos sindicatos, que tem conhecido um enfraquecimento nos anos mais recentes, encaminhando-os para ações mais agressivas, que podem passar nomeadamente pela desobediência civil.