Os membros do novo governo, liderado pelo socialista António Costa e constituído por 17 ministros e 41 secretários de Estado, começaram a tomar posse às 16h00 com dois algarvios em destaque: o vila-realense Mário Centeno, que ficou com a responsabilidade da pasta das Finanças, e José Apolinário, o novo secretário de Estado das Pescas.
O economista Mário Centeno, de 48 anos, é natural de Vila Real de Santo António, onde também estudou. Mudou-se aos 15 anos para Lisboa, onde, com os três irmãos, continuaria os estudos. O currículo e a licenciatura em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), concluída com 16 valores, valeram-lhe a entrada em Harvard.
A prestigiada universidade norte-americana aceitou-o em 1995, depois de lhe atribuir um “percentil de 99%” ao avaliar a sua candidatura. Regressou a Lisboa com a mulher e os três filhos em 2000, onde ingressou no Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal, tendo sido nomeado diretor-adjunto do departamento quatro anos depois, cargo que ocupou até ao final de 2013.
Desde o início de 2014 é consultor especial do conselho de administração do BdP, depois de ter concorrido ao cargo de diretor e não ter sido considerado. É ainda professor no Instituto Superior de Economia e Gestão e na Universidade Nova de Lisboa.
Por seu turno, José Apolinário é jurista, tem 53 anos e é natural de Pechão, concelho de Olhão.
Com António Costa vai ocupar o cargo que já tinha desempenhado entre 1999 e 2002, então no governo de António Guterres.
O ex-presidente da Câmara de Faro desempenhava atualmente o cargo de presidente da Docapesca.
Apolinário deixa assim um lugar vago nos eleitos pelo PS no Algarve para a Assembleia da República, que deverá ser ocupado por Ana Passos, a número seis na lista socialista. Refira-se que Fernando Anastácio, quinto na lista, já tinha “subido” um lugar e chegou ao Parlamento em substituição de Jamila Madeira (está de licença de maternidade).
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