O parlamento alemão aprovou esta sexta-feira o início das negociações para o terceiro resgate da Grécia. Foi uma vitória por larga maioria com 439 votos a favor, 119 contra e 40 abstenções.
Cinco dezenas de deputados da União Democrata Cristã (CDU) CDU – o partido de Angela Merkel – e 63 do partido de esquerda Linke votaram contra o início das discussões com Atenas com vista a um programa de ajuda externa para Atenas, ignorando os apelos da chanceler e do ministro das Finanças alemão. Os restantes seis votos desfavoráveis foram de deputados de outros partidos.
Durante a discussão parlamentar, Angela Merkel defendera que a solução encontrada para a Grécia não visa apenas o país, mas a criação de uma “Europa e uma zona euro mais forte”. “A alternativa a este acordo não seria um Grexit [saída da zona euro] temporário, isso seria um caos previsível”, disse a chanceler.
Com essa solução, defendeu Merkel,”estaríamos a ser grosseiramente negligentes e a agir irresponsavelmente”.
Wolfang Schäuble reconheceu por sua vez – num discurso inflamado -, que a decisão seria uma “tarefa difícil”, mas que era unânime a necessidade de ajudar Atenas. “Esta é a última tentativa para ajudar a Grécia. (…) Temos que tentar que este novo pacote de ajuda resulte”, afirmou o governante germânico.
Entretanto, os parlamentos da Áustria e da Letónia também deram hoje luz verde ao início das conversações com vista ao terceiro resgate da Grécia, que pode ascender aos 86 mil milhões de euros.
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