Passos Coelho rejeita novos impostos às grandes fortunas

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O primeiro-ministro admitiu em entrevista ao “El País” que a assimetria fiscal é uma realidade na UE, mas que adotar medidas fiscais muito duras pode levar à fuga de capitais.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, considera que Portugal tem um dos índices mais elevados de assimetria na distribuição das receitas mas, em entrevista ao “El Pais”, rejeita a aplicação de um imposto sobre as grandes fortunas.

Em entrevista publicada na edição de hoje do diário espanhol, Pedro Passos Coelho – que visitou Madrid na quarta-feira- reconheceu que a assimetria fiscal é uma realidade em toda a UE, mas que adotar medidas fiscais muito duras pode levar à fuga de capitais.

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“Um espaço económico mais amplo como o da UE deve permitir uma convergência para evitar tantas fugas de capitais. Sabemos que é um equilíbrio difícil porque se se adotam medidas fiscais muito mais agressivas, os capitais fogem para outros países”, afirmou ao “El Pais”.

Redistribuição mais equitativa de rendimentos

“Outra questão é a assimetria na distribuição de receitas e aqui sim, Portugal tem um dos índices mais altos de desigualdade. Temos que aplicar políticas que permitam uma redistribuição de rendimentos mais equitativa”, considerou.

Passos Coelho rejeita no entanto propor qualquer imposto sobre as grandes fortunas, já que o país necessita de “atrair fortunas, investimento e capital externo”.

“Se tivéssemos decidido aumentar a pressão fiscal sobre o capital e as fortunas, teríamos um problema de financiamento da economia mais grave do que temos”, afirmou.

“Não podemos encarar de forma penalizadora os que têm mais capacidade de criar riqueza. Daríamos um sinal errado”, afirmou.

JA/Rede Expresso
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