Uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve, deslocou-se ontem a Albufeira para contactar os moradores e comerciantes afetados pelas inundações do passado domingo e manifestar a sua solidariedade.
A dimensão dos danos e dos prejuízos “exige que o Governo decida, com caráter de urgência, sobre a declaração de calamidade pública, requerida pela Câmara Municipal de Albufeira, e que disponibilize os meios necessários e adequados para o apoio à reconstrução da baixa da cidade, assim como para o apoio a moradores e comerciantes que sofreram avultados prejuízos”, defendem os comunistas.
O PCP considera ainda que as declarações do recém-empossado ministro da Administração Interna, aquando da sua visita na passada segunda-feira a Albufeira, “não auguram nada de bom”.
“Quando se exigia que o Governo anunciasse a disponibilização urgente de meios de apoio à autarquia e às populações, o ministro preferiu falar de ‘lições de vida’. Um desastre como aquele que se verificou em Albufeira no passado domingo não é uma ‘lição de vida’. O que as populações precisam, neste momento de provação, é de apoio material e de solidariedade e não de ‘lições de vida'”, refere o PCP.
Os comunistas defendem ainda que a severa inundação da baixa de Albufeira exige que, após a indispensável mobilização para a reconstrução e o retorno à normalidade, se faça uma reflexão sobre as opções urbanísticas do passado e do presente, em particular no que diz respeito à ocupação dos leitos de cheia das ribeiras.
“As sucessivas opções urbanísticas das quais o Estado se desresponsabilizou transformaram estas zonas em zonas de risco. A baixa de Albufeira é assolada periodicamente por cheias de grande magnitude, exigindo que sejam estudadas e equacionadas formas de resolver, definitivamente, o problema do convívio da cidade com a sua ribeira”, conclui o PCP.
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