Plataforma hispano-portuguesa contra as portagens reúne-se em Altura

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A comissão de utentes da Via do Infante (A22) vai organizar um almoço, no próximo dia 13 de dezembro, em Altura, que vai juntar a Plataforma Hispano-Portuguesa Contra as Portagens na A22.

A iniciativa está marcada para as 13h00, no restaurante “O Fernando”, localizado na Rua da Alagoa, em Altura. Neste almoço serão anunciadas, publicamente, novas ações pela abolição das portagens na Via do Infante, a empreender em conjunto com os vizinhos espanhóis da Andaluzia. Uma destas ações será a marcação de uma marcha lenta de viaturas sobre a Ponte Internacional do Guadiana.

“Passaram três anos sobre a introdução de portagens no Algarve, ocorrida em 8 de dezembro de 2011, uma medida imposta pelo governo PSD/CDS e com o apoio do PS. São três anos de destruição contínua da região e cujas consequências estão bem à vista de todos. As portagens na A22 acabaram por revelar-se bastante negativas também na região espanhola da Andaluzia”, refere a comissão.

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Segundo a plataforma contra as portagens, os efeitos sócio-económicos da cobrança são “bem gravosos”. “O Algarve perdeu cerca de 50% de visitantes espanhóis, o transporte de mercadorias praticamente desapareceu da Via do Infante, a atividade económica decaíu à volta de 25% nas regiões do Algarve e de Huelva, Ayamonte perdeu 30% de visitantes portugueses só no último ano e, a nível económico, a província de Huelva perdeu 12 milhões de euros e a nível fiscal as perdas situaram-se nos 2,5 milhões de euros”, acentua o movimento anti-portagens.

Ainda de acordo com a comissão, “os prejuízos económicos para o Algarve, ao longo destes três anos, devem atingir mais de 100 milhões o que, somado aos 40 milhões de euros anuais de prejuízos financeiros diretos e transferências do Estado para a concessionária, por via de uma PPP muito ruinosa que este governo não tem coragem de anular, as perdas económicas situam-se em mais de 200 milhões de euros!”

A somar a tudo isto, a comissão de utentes realça que, “durante este período verificou-se quase uma centena de mortos e muitas centenas de feridos em cerca de 20 mil acidentes, a maioria dos quais na EN 125 – uma autêntica tragédia para o Algarve e para o país!”.

O movimento critica ainda o atraso da requalificação da EN 125, “o que representa uma fraude e mais uma quebra de compromisso do governo para com o Algarve”.

NC/JA

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