Portugal e Espanha assinam esta sexta-feira, na cimeira ibérica, o acordo para a construção, até 2025, da ponte sobre o rio Guadiana, que fará a ligação entre Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana, anunciou a ministra da Coesão Territorial.
Portugal destinou nove milhões de euros de fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção da ponte internacional, sendo que o concurso para a edificação da infraestrutura já foi lançado pelas autoridades portuguesas.
Esta ligação estava inscrita na Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriça que Portugal e Espanha acordaram em 2020.
A ponte no Guadiana vai unir Alcoutim com Sanlúcar de Guadiana, na Andaluzia, duas povoações que estão frente a frente, com as populações “que se veem uma à outra”, mas que dispõem apenas, atualmente, de ligação por barco entre elas. O percurso por estrada vai reduzir-se em 70 quilómetros em relação ao que é possível fazer hoje.
A nova ponte vai aproximar as populações num “território que está a ser muito procurado por empresas de produção de energia a partir de fontes limpas”, afirmou a ministra da Coesão Territorial, que sublinhou que estes projetos avançam graças também ao “grande envolvimento” das autarquias e comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) do Algarve e do Alentejo.
De acordo com o Governo, a ponte entre Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana vai “reforçar a cooperação” entre as regiões do Algarve e da Andaluzia e dar um “novo impulso” ao trabalho desenvolvido no âmbito da Eurorregião EUROAAA, que inclui também o Alentejo e que ocupa 21% da superfície da península Ibérica.
Segundo fontes do Governo espanhol, na cimeira serão ainda assinados memorandos para a criação de um corredor para bicicletas e peões na ponte internacional do Guadiana, que liga Vila Real de Santo António a Ayamonte.
Os governos de Portugal e Espanha reúnem-se esta sexta-feira, em Viana do Castelo, na 33.ª cimeira ibérica, que este ano tem como tema a inovação e vai juntar, além dos dois líderes de Governo, António Costa e Pedro Sánchez, 18 ministros dos dois executivos.