Sete toneladas de sardinha e cerca de 60 mil visitantes em dez dias fazem do Festival da Sardinha uma das principais datas no calendário anual da Câmara de Portimão, que quer agora apostar na promoção do evento em Espanha.
Os portugueses continuam a ser os principais visitantes do certame, que terminou domingo, mas a autarquia quer agora conquistar os espanhóis e reforçar a promoção do evento na Andaluzia, no Sul do País.
“Temos cada vez mais espanhóis no Algarve e muitos com presença no Festival da Sardinha”, disse à Lusa o vice-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, notando haver uma ligeira diminuição de britânicos devido à crise internacional.
“Além da proximidade, os espanhóis procuram cada vez mais esta zona do Algarve pelas praias, cuja beleza é diferente das do Sul de Espanha”, afirmou, acrescentando que também há muitos espanhóis oriundos da Galiza que passam férias na região.
Apesar do mote ser a degustação de sardinhas, o festival ofereceu aos visitantes um cartaz musical diverso que, segundo o vice-presidente da autarquia, ajudou a garantir o sucesso da 16.ª edição do evento.
“Tentamos abranger o maior número de públicos possível”, referiu, notando que noites como aquela em que o coletivo Rua da Saudade se juntou ao cantor Fernando Tordo representaram “espetáculos únicos”.
Rui Veloso, Deolinda, Tito Paris, Pedro Abrunhosa ou Ana Moura foram alguns dos nomes que passaram pelo palco do festival e que terão contribuído para uma média diária de visitantes na ordem dos cinco mil.
Segundo Luís Carito, o evento – que superou o de 2009, ano em que os visitantes se cifraram nos 54 mil -, só não teve ainda mais gente devido ao cancelamento do espetáculo dos Xutos & Pontapés, que atrai sempre muito público.
Além da música, o sucesso do festival também passou pela aposta na família, tendo sido criado um menu para crianças e atrações que possam envolver pessoas de todas as idades, como uma roda gigante que permitia uma vista panorâmica sobre a cidade.
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