A Grécia é o pior, mas Portugal vem logo a seguir. Universidade de Stanford criou o Índice de Responsabilidade Orçamental.
O índice da Universidade de Stanford foi construído a partir da conjugação de três fatores: o nível de endividamento, a sua sustentabilidade e o grau de transparência e responsabilização das decisões orçamentais.
No primeiro caso, os autores calcularam a margem de manobra da dívida, ou seja, qual o máximo que a dívida pode crescer em percentagem do produto interno bruto (PIB) até se tornar insustentável.
No caso português, a margem é de 27,8% do PIB, a terceira mais baixa do grupo de países analisados. Piores só a Grécia, que tem margem nula, porque já gastou todo o espaço disponível, e a Itália, que tem 17,8%.
Em seguida, os autores estimaram quanto tempo leva a atingir esse limite, tendo em conta as projeções orçamentais.
Com base nos números do Fiscal Monitor, do Fundo Monetário Internacional, Portugal precisará de apenas cinco anos. Referem mesmo que um país deve ter uma margem de, pelo menos, 50% do PIB para não correr o risco de uma crise orçamental. Algo que nenhum dos três países da zona euro já intervencionados tem.