Portugal vai sofrer cortes orçamentais dolorosos e durante muito tempo, assume o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Não vai ser rápido, nem fácil. Nós preferimos ir pela via orçamental. É um processo mais longo, vai demorar mais tempo, mas é mais realista do que outros caminhos. Por isso, não estamos a pedir que seja feito em velocidade máxima”, diz Dominique Strauss-Kahn, diretor-geral do FMI, em Washington, em entrevista exclusiva à TVI.
Para o responsável, “um país não pode gastar mais do que aquilo que tem por muito tempo. Esse foi o caso de Portugal. Não me cabe a mim apontar o dedo a ninguém, mas Portugal tem que voltar a crescer de que maneira for”.
Strauss-Kahn garante que está disponível para aconselhar Portugal e que as medidas, que prefere não chamar de austeridade, terão que ser acordadas com o Governo. O diretor-geral do FMI aguarda ainda que a sua equipa regresse de Portugal antes de fazer previsões.