Prejuízos das cheias ascendem a mais de 33 mil milhões de euros

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Os prejuízos causados pelas inundações no Paquistão ascendem a mais de 33 mil milhões de euros, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês, pedindo à comunidade internacional para que impeça os terroristas de se aproveitarem da tragédia.

As declarações de Shah Mehmood Qureshi foram proferidas na Assembleia Geral Extraordinária da ONU, onde o secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou aos Estados-membros para que forneçam rapidamente a ajuda prometida ao Paquistão, frisando que as inundações sem precedentes neste país são um “grande teste à solidariedade internacional”.

Na mesma sessão, dedicada à ajuda internacional ao Paquistão, os Estados Unidos anunciaram uma doação adicional de 60 milhões de dólares (46 milhões de euros), a juntar aos 90 milhões de dólares (70 milhões de euros) já entregues.

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Na quarta feira, a Comissão Europeia comprometeu-se a doar, na totalidade, 70 milhões de euros.

As cheias no Paquistão causaram 1343 mortos, 1588 feridos e, segundo a ONU, 4,6 milhões de desalojados.

As autoridades paquistanesas apontam 22 milhões de pessoas afetadas, um número superior às vítimas do tsunami no Índico em 2004, do terramoto de Caxemira em 2005, do furacão Nargis na Birmânia em 2008 e do sismo do Haiti em janeiro deste ano.

Oito milhões de paquistaneses necessitam de alimentos, água e abrigo, e 14 milhões, especialmente crianças e grávidas, de cuidados médicos.

O secretário geral da ONU comparou hoje as inundações no Paquistão a um “tsunami em câmara lenta”, cujo “poder da destruição vai aumentar com o tempo”, e congratulou-se com o facto de ter sido recolhida metade da ajuda financeira de urgência reclamada há uma semana pelas Nações Unidas.

Contudo, lembrou a necessidade premente de obter a totalidade das verbas (460 milhões de dólares, 358 milhões de euros).

Na Assembleia Geral Extraordinária da ONU, os Estados Unidos, pela voz da secretária de Estado, Hillary Clinton, anunciaram também a criação do Fundo de Ajuda ao Paquistão, que aceitará contributos de empresas e cidadãos norte-americanos.

Na mesma sessão, o ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês apelou à comunidade internacional para que não permita aos terroristas tirarem partido das inundações.

“É necessário enfrentar rapidamente as enormes dificuldades causadas pelas inundações e as perdas económicas de milhões de paquistaneses. Se encalhamos, tal poderá pôr novamente em questão os difíceis progressos concluídos pelo nosso governo na guerra contra o terrorismo. Não podemos permitir que esta catástrofe beneficie os terroristas”, afirmou Shah Mehmood Qureshi.

AL/JA

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