Presidente ucraniano repete apelo para fim da violência

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Cerca de 100 mil elementos da polícia ucraniana mantêm-se na Praça da Independência

O Presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, apelou hoje aos líderes da oposição para se distanciarem das forças radicais, depois da capital ter enfrentado o pior dia de violência em três meses de protestos, tendo morrido pelo menos 25 pessoas enquanto 240 ficaram feridas.

“Se não quiserem separar-se daqueles que provocaram sangue e confrontos com a polícia têm que admitir que apoiam os radicais. Ainda não é demasiado tarde para parar o conflito”, afirmou Viktor Yanukovych, numa declaração presidencial esta manhã, voltando a repetir o apelo que transmitiu ontem à noite numa reunião de urgência com os líderes da oposição.

Viktor Yanukovych disse que os manifestantes já “ultrapassaram todos os limites”, assegurando que todos os responsáveis serão sancionados, refere a AP.

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Durante o final do dia de terça-feirta, Kiev transformou-se num campo de batalha, após a polícia ucraniana ter montado um cerco na Praça da Independência, palco dos protestos antigovernamentais, na sequência de um ultimato para os manifestantes terminarem com os protestos.

Manifestantes prometem continuar

Segundo o “Kyiv Post”, na capital ucraniana só se viam nuvens de fumo e fogo, com granadas e cocktails molotov nos confrontos entre manifestantes e a polícia de choque. Cerca de 100 mil elementos da polícia mantêm-se na Praça da Independência, por ordem do Presidente.

Também o líder do partido da oposição UDAR, Vitali Klitschko, já pediu hoje o fim da escalada de violência no país, sublinhando que as negociações poderão continuar mais tarde.

“A cada minuto morrem pessoas de ambos os lados. É certo que estou muito insatisfeito, porque não há discussão e o Presidente não quer ouvir a oposição, mas as conversações podem continuar depois”, disse Vitali Klitschko.

Entretanto, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, já condenou a violência, que considera “inaceitável” e apelou à “renovação imediata do diálogo.” “Prevenir mais instabilidade e sangue é a principal prioridade”, sublinhou.

Os protestos dos ucranianos arrastam-se desde novembro, depois de o Presidente ter recusado assinar um acordo com a União Europeia, e optado por privilegiar as relações com a Rússia.

RE

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