A ex-ministra do Ruanda, Pauline Nyiramasuhuko, tornou-se esta sexta-feira na primeira mulher a ser condenada pelo genocídio perpetrado no seu país em 1994. A sentença foi dada pelo Tribunal Penal Internacional do Ruanda (TPIR).
A ex-governante, que exercia o cargo de ministra da Família e Desenvolvimento da Mulher, e o seu filho, Arsène Shalom Ntahobali, foram condenados a prisão perpétua pelo genocídio e por crimes contra a humanidade, além de delitos contra a vida e a dignidade da população.
Elie Ndayambaje, que na época era presidente da câmara de Muganza, recebeu a mesma pena por crimes semelhantes. Alphonse Nteziryayo, ex-tenente coronel das Forças Armadas do Ruanda, foi condenado a 30 anos de prisão, Sylvan Nsabimana, ex-presidente da câmara de Butare, apanhou 25 anos e Joseph Kanyabashi, ex-administrador do bairro de Ngoma, foi condenado a uma pena de 35 anos, por diversos delitos relacionados ao massacre.
De acordo com informações da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 800 mil pessoas foram assassinadas no genocídio de Ruanda em 1994.